No passado dia 28 de Março de 2015 realizou-se mais uma sessão
de Reiki Mawashi no Instituto de Medicinas Alternativas Naturais e Anti Stress
- ZEN & TERAPIAS, sito na Malveira, desta feita associado a um evento
solidário, que designámos de: “Família ajuda família”.
«Não temos nas
nossas mãos as soluções para todos os problemas do mundo,
mas diante de todos
os problemas do mundo ,
temos as nossas mãos.»
Friedrich Schiller
A sala estava cheia de gente maravilhosa: pessoas com, e sem
formação em Reiki e outras, ainda que muito pouco, ou nada, haviam ouvido
falar de Reiki.
Porque mais importante do que esta, ou aquela técnica, é a gentileza e a bondade expressa pelos homens e mulheres de boa vontade.E a solidariedade humana aconteceu e foi a "rainha": ali, gente unida, de coração e de mãos dadas, na dádiva anónima,a quem mais precisa...
“Apenas, hoje, sou grato e sou bondoso.”
(princípios/filosofia de Reiki)
Porque, a prioridade, ainda que tenhamos muito para fazer é, de facto, ajudar quem precisa...
E, desejo, aqui, também, agradecer a todos quantos, mais uma vez, participaram nesta sessão de Reiki Mawashi e a todos aqueles que não podendo comparecer, quiseram participar e participaram, efetivamente, com a contribuição de alimentos.
Um grande BEM HAJA, pois.
Como se vem tornando habitual em cada sessão de Reiki Mawashi
detivemo-nos, durante um determinado período de tempo, refletindo juntos sobre
alguns "factos" da existência humana. E falamos de factos, como acontecimentos da vida real, deixando todos os conhecimentos técnicos, conceptualizações e teorizações à margem.
E nesta última sessão de Reiki Mawashi, esse período de
reflexão, tendente ao autoconhecimento, também, teve o seu lugar.
E, permitam-me partilhar, aqui, algumas “notas", ou “tópicos”
das questões ali abordadas…
Mencionámos alguns factos, com os quais, ao que creio, todos, em regra, nos identificamos:
E registámos três "problemas" que a humanidade não tem conseguido resolver:
E perguntámo-nos se... algum dia ... conseguiremos viver pacifica e ordeiramente nesta nossa maravilhosa Terra...
Qual é, e qual será, o legado que, um dia, quando partirmos,
deixaremos para os nossos filhos?
Concluímos que, enquanto seres humanos mortais, havemos, um dia de partir...
A final, somos como convidados desta "casa", deste "templo", que é o nosso corpo...
E quando, formos convidados a sair, a abandonar esta "casa", com ela ficarão, também, todas as coisas corpóreas, todos os objectos que coligimos e que "idealmente" chamámos e, ainda, chamamos de "nossos"...
Porque, ainda, não compreendemos que somos meros "depositários", meros "guardadores" de todas essas "coisas" corpóreas que juntamos uma vida inteira...e pelas quais, nos envolvemos em lutas e competição com os próprios irmãos humanos...
Como "convidados", deveriamos caminhar pela Terra com a leveza de um transeunte que visita uma nova terra, novas gentes...
Deveríamos caminhar apreciando a VIDA...
Abraçando com entusiasmo e paixão mais uma oportunidade ímpar de amar e de ser amado...
E o tempo urge...
A nossa existência é curta...
E a morte é inevitável...
Em boa verdade, Senhores e Senhoras "Convidados"...
A energia da Vida e a totalidade da Vida está aqui, agora, em cada instante...
A energia da VIDA que habita e se manifesta em nós é EXTRAORDINÁRIA
e é tudo o que temos, e sempre tivemos, e continuaremos a ter...até que sejamos,
um destes dias, convidados a "partir"...
E, então, se é tudo o que temos...
Mas...observemos...reflitamos um pouco sobre o que fazemos
com a nossa própria VIDA...
VIDA que é, afinal, tudo quanto temos...
Mas, porque vivemos, todos, assim?
Cumprindo o mesmo tipo de rituais a cada dia...
Mecanizados... agrilhoados, torturados...autopenitenciamo-nos, tantas e tantas vezes, alimentando complexos de culpa, vitimização...enfim...
Inibimo-nos de expressar emoções, de demonstrar afetos...
Ninguém nos pede que sejamos, apenas, "humanos"...
Será que podemos chamar a essa "forma de estar" de "viver"?
O que sabemos sobre a Vida, se tomarmos como "amostra" o nosso dia a dia,
os relacionamentos superficiais, a competição,
a divisão, a separação de classes, de religiões, de raças, de opções políticas e religiosas...
A sociedade está estruturada de uma forma que promove a separação...
Essa é a sociedade que criámos e que continuamos a promover...
Essa é a sociedade da qual, fazemos parte...
Essa é a sociedade que, previsivelmente, deixaremos para os nossos filhos:
- Conflitos;
- Desordem;
- Competição, busca de riqueza e de poder pessoal;
- Hipocrisia;
- Insensibilidade;
- Ansiedade;
- Frustração;
- Solidão;
- Incompreensão;
- Sofrimento;
- Dor;
- Confusão....
Uma mente confusa está, naturalmente, "viciada"
e algo "incapacitada" para tomar decisões,
para fazer opções de vida...
Em consequência, as suas decisões e opções,
hão-de, provavelmente, trazer, mais e mais confusão...
nos seus relacionamentos do dia a dia...
«Quem vive nas trevas não consegue ser visto, nem vê nada.»
Khalil Gibran
Onde há conflito e contradição não há AMOR...
Desenvolvemos as nossas capacidades intelectuais...
mas perdemos a sensibilidade...
a criatividade...
Procuramos a LUZ fora de nós...
Procuramos a felicidade e o AMOR fora de nós...
E procuramo-los fora de nós...porque não existem em nós...
Onde há AMOR, não há conflito, nem contradição...
Não sabemos o que é, verdadeiramente, o AMOR...
Assim, evitamos enfrentar a realidade, tal como ela é...
e vivemos ocupados
e pré-ocupados...
Preenchendo todo o nosso tempo de vida, a fazer isto ou aquilo...
Preenchemos a nossa mente com idealizações...
Os "ideais" existem no plano mental, intelectual...
são criações da mente humana...
Os ideais não são a realidade...
Os ideais não são os factos que temos de enfrentar...
AMOR é sofrimento?
AMOR é posse?
É medo?
AMOR é ciúme?
AMOR é prazer e desejo?
AMOR é domínio, dependência, subserviência?
AMOR é sofrimento?
AMOR é conforto e segurança?
O AMOR, quando existe...
é tão sereno como as águas do mar
num dia cálido de verão...
Quando se ama todos os pensamentos, gestos e palavras
brotam da compaixão...
Quando se ama,
vestem-se as vestes da cortesia,
da generosidade, da honestidade e da bondade...
Autoconhecimento é observarmo-nos a nós mesmos,
em cada passo,
em cada gesto,
em cada ação,
em cada reação,
em cada pensamento,
em cada sentimento...
Autoconhecimento é olharmo-nos e vermo-nos tal e qual como somos...
sem procurar ver o "ideal",
sem a influência do passado...
Apenas, hoje, trabalho comigo honestamente...
E chegados a este ponto, permitam-me perguntar-vos:
E SE NÃO TIVÉSSEMOS AMANHÃ?
A SUA VIDA TRANSFORMAR-SE-IA, AGORA?
Decerto, neste momento, cairiam por terra
todas as inutilidades que ocupam a nossa mente e a nossa vida...
Apenas a inteligência do amor e da compaixão
pode resolver todos os nossos problemas...
«Meu caminho pode não ser o teu caminho.
Contudo, juntos marchamos de mãos dadas.»
Khalil Gibran
Um abraço.
Venda do Pinheiro, 11 de Abril de 2015
Maria João Vitorino
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