Quantas vezes, já ouviu dizer que a humanidade tem de "mudar", que o ser humano tem de se "transformar", de aquietar a sua mente, devolver-se ao seu coração?
Esse ideal tem sido apregoado ao longo dos séculos...
Quantas pessoas já tentaram vender-lhe, cada uma apregoando a
sua própria técnica, o "melhor e
mais eficaz método" para alcançar a paz, a tranquilidade e a
felicidade?
E, atrás de cada voz, uma máquina poderosa de "propaganda" que induz a sua mente a acreditar que "é desta vez!" que conquistará a paz interior...
E, atrás de cada voz, uma máquina poderosa de "propaganda" que induz a sua mente a acreditar que "é desta vez!" que conquistará a paz interior...
Cada técnica, cada formação a que se propõe, há de trazer-lhe,
no seu entender, algum tipo de benefício, algum ensinamento, alguma mensagem
subliminar, só para si...
Admito, que sim.
Mas, dificilmente lhe trará a paz e a serenidade...
E, o que lhe resta, volvido algum tempo, após a última formação?
Para além dos certificados e/ou diplomas, o que ficou?
A mente cada vez mais cheia de rituais, de técnicas, de conhecimentos...
A mente cada vez mais cheia de rituais, de técnicas, de conhecimentos...
A sua mente, cada vez, mais cheia de "crenças"...
A sua mente, cada vez, mais esperançada em que é "desta
vez" que as "coisas" mudam...
E o coração?
O seu coração mudou?
Sente-se mais bondoso?
As suas atitudes mudaram?
Deixou de se zangar ou de reagir impulsivamente?
É que o coração não se preenche com técnicas, nem com rituais...
O coração, como os bolsos, fica a cada vez mais vazio...
Porque, a maior parte das vezes, concentramos a nossa atenção,
tempo e dedicação, à mente...
E não mudámos, na realidade, nem um pouco...
Ou, pelo menos, não mudámos, como necessitaríamos, ou
gostaríamos de ter mudado...
E, aqui, estamos, parados, olhando um para o outro, sentindo que, talvez, consigamos compreendermo-nos…
Eis-nos, pois, chegados àquele ponto em que, percebemos que não
há - mesmo - mais tempo a perder...
Em que percebemos que não há tempo para uma
"transformação" lenta e gradual...
E percebemos porque temos olhos, e vemos,
Percebemos porque temos ouvidos, e ouvimos...
E, embora um pouco letárgico,
o nosso coração, ainda sente...
Não há tempo...
Não há tempo...
E, se o há...
É, apenas, para agir...
O ser humano atenta contra si mesmo, contra a sua própria
espécie como, afinal, o faz há milhares de anos...
Há mães que conduzem os próprios filhos à morte…
Há mães que conduzem os próprios filhos à morte…
E é preciso que reflitamos…
Que busquemos a compreensão…
O ser humano destrói-se a si próprio...
Por isso, há cada vez menos tempo,
Não há tempo...
Olhe à sua volta,
Olhe para si mesmo,
Sinta-se, com o coração...
Olhe para a sua vida,
E dê tudo,
Dê, por favor, mesmo tudo, para a compreender...
É preciso que reflitamos.
Maria João V.
Maria João V.
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