«Se eu puder aliviar o sofrimento de uma vida, ou se conseguir ajudar um passarinho que está fraco a encontrar o ninho... A vida terá valido a pena.» Emily Dickinson
Amigos, já tive a oportunidade de partilhar, convosco, neste blog (partilha de vivências) uma vivência pessoal, em que, apliquei Reiki a um Senhor, que encontrei deitado no chão de uma Rua da nossa cidade de Lisboa.
Bem sei, que enquanto instrumentos e canais de Reiki, não somos “curadores”, mas é inegável que se através de nós e do toque das nossas mãos, conseguirmos levar o bem estar e o alívio das dores a outrem, já valeu a pena, a nossa singela existência…”
Trouxe-me, até vós, o desejo de escrever sobre a possibilidade de nós “reikianos” ajudarmos os outros em situações ditas de “emergência”, mas – e permitam-me - faço aqui um parenteses para vos dizer que sou apologista de que todos nós deveríamos ter formação (escolar) em “primeiros socorros”.
Essa formação habilitar-nos-ia, a todos, não só para nos auto socorrermos, mas também, para prestarmos, ou sermos capazes de vir a prestar, auxílio aos outros e salvar, assim, uma vida… que até pode ser de uma pessoa próxima.
E partilho: Há alguns anos atrás, estando grávida de cerca de 7 meses, quase asfixiei perante o olhar e a impotência de algumas pessoas mais próximas que sem saber o que fazer (por falta de formação) não conseguiam ajudar-me (e olhem que as conhecidas “palmadas nas costas” não resultam em situações algo graves…)
De facto, é absolutamente incrível a rapidez com que o pior pode acontecer… silenciosamente, asfixiamos sem conseguir pedir, de viva voz, ajuda a quem nos rodeia…lembro-me, da sensação horrível de asfixia, as pupilas oculares a dilatarem-se a um ponto que não julgava possível…lembro-me, da impotência e do pânico de quem me rodeava que olhando para mim, exprimia no seu olhar a sua efectiva incapacidade de ajudar… e só pude pensar na filha que albergava no meu ventre, que merecia viver…eu queria respirar e não o conseguia…lembro-me, de me curvar, lembro-me, do pensamento de que estava na iminência de perder a consciência… e de tombar…lembro-me de pensar: “então, é assim que nos vamos…”
A existência, a ajuda, as mãos de um amigo foram, então, a vida que eu necessitava…rendo, pois, aqui, homenagem e agradeço ao m/querido e adorado amigo, Carlos Manuel Santos, com formação em primeiros socorros, que naquele dia e hora nos ajudaram, a mim e à minha filha. A ti, Carlos, rendo homenagem e agradeço, a tua pronta intervenção, agradecendo, também, uma vez mais, ao Universo e a Deus, o facto de te ter colocado na minha vida, naquele exacto momento, perto o suficiente para me ajudares com as tuas mãos e o teu saber. Salvaste-nos a vida! Bem Haja adorado amigo!
Amigos, ainda que não consigamos ter a desejada formação em “primeiros socorros”, seria bom que todos fizéssemos uma leitura mais atenta de um qualquer manual ou guia de primeiros socorros e atrevo-me, até, a sugerir-vos, pela sua simplicidade, a leitura deste manual em Pdf, que encontrei através de uma pesquisa no Google, e que contém, no seu teor regras básicas que todos devemos respeitar:
E quanto ao Reiki? O Reiki também pode ajudar no “socorro imediato” de quem precisa, nomeadamente, enquanto se aguarda a chegada dos médicos ou paramédicos.
Se tem formação em Reiki, intervenha, sempre e quando a sua intuição lhe der “sinal verde”, não hesite, pois, porque, você não pode fazer nada de mal ou de errado com o Reiki…
Obviamente, se o estado de saúde da pessoa inspirar cuidados médicos, tais como, se se manifestarem ferimentos graves, hemorragias (imagine, uma qualquer situação de acidente), deveremos, sensata e previamente, chamar o 112 (número europeu de socorro).
Naturalmente, que não conseguiremos em situações que requerem cuidados imediatos, fazer uma aplicação integral de todas as posições que aprendemos no Reiki para tratamento dos outros, mas, vai ver que as suas mãos parecerão adquirir “vida própria” e se posicionarão, nos chacras ou locais mais necessitados ou fragilizados, energeticamente, do corpo dessa pessoa.
Aliás, quando socorremos alguém, nem sequer pensamos onde vamos colocar as mãos, simplesmente, as colocamos…
“Hand’s on, Reiki on”.
Se a pessoa estiver inconsciente, pode colocar as suas mãos na zona do plexo solar, porquanto, referem alguns livros de Reiki, é uma “técnica” que permite a recuperação da consciência.
Se a pessoa estiver sentada, pode adoptar as posições de Reiki que aprendeu para promover um “tratamento rápido”.
Em qualquer caso e mais importante do que qualquer “técnica”, é que se deixe guiar pela sua intuição.
Uma situação de sangramento do nariz ou hemorragia nasal (epistaxis) pode, por exemplo, ser tratada da seguinte forma: manter a cabeça da pessoa numa posição de 45º e aplicar Reiki com uma das mãos no nariz e com a outra mão na parte posterior da cabeça (na nuca).
Naturalmente se houver uma perda de sangue prolongada ou anormalmente abundante, recomenda-se, obviamente, a intervenção médica.
Fracturas e entorses, podem, no imediato, ser objecto de aplicação de Reiki, designadamente para aliviar a dor e diminuir o risco de inchaço e maiores hematomas, sem prejuízo da aplicação de um saco de gelo na lesão.
Pessoalmente, acredito que o reiki não tem contra-indicações, porque o Reiki funciona sempre a favor da vida, todavia, na literatura de Reiki, encontramos, algumas recomendações:
- Não devemos, colocar as mãos, directamente, sobre uma laceração ou queimadura;
- Não se deve aplicar Reiki em situações de cirurgias - pela possibilidade de ocorrerem hemorragias internas,
– Não se deve utilizar Reiki durante o uso de anestesia – porquanto, o Reiki é susceptível de afetar o efeito da anestesia.
- Deve evitar-se a aplicação de Reiki sobre aparelhos de bypass ou aparelhos de surdez, pois podem ficar desregulados, com as consequências inerentes.
- No caso de um qualquer sinistro, em que haja amputação de uma qualquer parte do corpo humano, não deve aplicar-se Reiki, porquanto, o Reiki acelera o processo de cicatrização, inviabilizando um eventual implante .
É recomendável, também, que evitemos aplicar Reiki aos outros se nos sentirmos doentes, cansados ou emocionalmente agastados.
De um dos livros que li, há uns tempos, registei esta frase (e apresento desculpas ao seu autor por não me recordar da fonte):
… “ o único Reiki mal dado é aquele que você não der”… J
E, estou certa, todos nós podemos, se o quisermos, estender as nossas mãos para ajudar os outros…e quiçá salvar uma vida…
“As grandes oportunidades de ajudar os outros raramente acontecem, mas as pequenas surgem todos os dias.” (Sally Koch)
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“ Lembre-se que se algum dia você precisar de ajuda, você encontrará uma mão no final do seu braço. À medida que você envelhecer, você descobrirá que tem duas mãos: uma para ajudar a si mesmo, e outra para ajudar aos outros.” Autor: Audrey Hepburn
Sintam-se abraçados!
Maria João Vitorino
9 de janeiro de 2012
«Só quando você descobre que alguma coisa é verdadeira e correcta, em razão da sua própria experiência, ela tem valor para você - mesmo que os mais conhecidos mestres do Reiki queiram afirmar o contrário.» (Frank Arjava Petter)
