quarta-feira, 20 de agosto de 2014

- «O reiki é invocar demónios com signos japoneses (…)

- «O reiki é invocar demónios com signos japoneses: para deixar, 5 conselhos de um ex-praticante



Este é o título de um pretenso testemunho  de um jovem espanhol de nome “Eduardo” que circula através da internet e que pode ser acedido e lido em vários blogs e páginas, onde o mesmo se encontra reproduzido.


Pessoalmente e porque, nas reproduções do alegado “testemunho” inexistem quaisquer outra referências à sua identificação (para além da menção de que é jovem, espanhol e da indicação de um pretenso email, cuja autoria se desconhece, mas que pode ter sido elaborado por qualquer pessoa) assola-me a duvida sobre se este testemunho corresponde, ou não, a uma efectiva vivência ou se terá sido algo ficcionado, a fim de fomentar o medo, a dúvida e as suspeições acerca do Reiki.

Relembro, apenas, este pensamento de Osho:

 «O contrário do amor é o medo.
Com o amor expandimos, com o medo encolhemos.
Com o medo nos fechamos, com o amor abrimos.
Com o medo duvidamos, com o amor confiamos".


Pessoalmente, cumprimento e felicito o João Magalhães, Mestre de Reiki e Presidente da Associação Portuguesa de Reiki, pela resposta que deu publicamente a este tema,  quer pelo teor dos seus comentários, quer pela lisura com que o fez - em defesa do Reiki - e no respeito pelo direito constitucional que cada um tem de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra.


A sua resposta é esclarecedora, cabal e elucidativa e pode ser encontrada  no link que a seguir reproduzo e para o qual, remeto: http://www.associacaoportuguesadereiki.com/reiki/reiki-em-portugal/2014/02/18/resposta-ao-tema-reiki-e-invocar-demonios-com-sinais-japoneses/


Pessoalmente, permitam-me, tão só, emitir a minha opinião e deixar aqui expressas algumas palavras:


Todos sabemos como é difícil explicar a terceiros o que é o Reiki, quer na sua vertente de prática terapêutica complementar, quer como filosofia de vida. 


 Porque não é fácil exprimir por palavras o que só o vosso corpo e coração podem sentir: o bem estar físico, mental e emocional que só o toque humano nos pode proporcionar…porque o Reiki sente-se...e toca-nos, profundamente.

Já dizia o Mestre Mikao usui que: «O REIKI, caminho tão difícil de compreender é, porém, tão simples de sentir como o fluxo natural do céu.»


Por isso, é assaz  importante que os Mestres de Reiki e praticantes tenham o cuidado de - perante os seus alunos, pacientes ou terceiros - fazer a destrinça entre o que é o Reiki e o que é a sua própria interpretação pessoal e sentir, acerca das suas próprias vivências com o Reiki.


Porque, intrinsecamente e primeiro que tudo somos seres humanos com a nossa própria consciência e sistema de crenças e convicções, alicerçados numa vivência, diferente de cada qual, que nos legitima a interpretar e validar o nosso próprio sentir...


Após a leitura do alegado “testemunho” do Eduardo, não somos “chamados” a comentar factos, no sentido de produção de um efectivo e objectivo acontecimento da vida real.

Não existem, neste caso, factos objetivamente considerados…

Não está, pois, em causa um pretenso depoimento no sentido de demonstrar a veracidade de um qualquer facto...

Por isso, não foi mencionada qualquer prova ou meio de demonstração da realidade do referido e alegado testemunho...

Isto é, estamos perante um alegado testemunho do pensamento e do sentir de um pretenso jovem espanhol acerca do Reiki – estamos, pois, perante uma mera e suposta opinião.


E, independentemente de qualquer consideração, outros testemunhos desta natureza expressos com mais, ou menos, intensidade, são facilmente encontrados através de qualquer motor de busca na internet.

Por outro lado, existem muitos outros testemunhos, pelo mundo fora, em que são propaladas as vantagens e maravilhosos benefícios do Reiki.
Eu própria me insiro - convictamente, adianto - neste grupo.

O referido testemunho expressará um sentir, que é, alegadamente (perdoem-me mas não dispenso o advérbio…) do jovem Eduardo, sentimento com que outras pessoas podem, ou não, identificar-se.

Porque o Reiki para uns será bom, para outros será mau; para uns é um placebo ou uma panaceia, para outros uma terapia eficaz, enfim...

De acordo com o uso que fazemos do Reiki, ele nos causará uma sensação boa ou má.
E o mesmo acontece com o mundo.

Reiki é Reiki...
Pessoas são pessoas...
E enquanto houver pessoas, estou certa de que continuará a praticar-se Reiki.

Permitam-me, reproduzir aqui este pensamento de Swami Vivekananda:

«O mundo não é bom nem mau; cada homem constrói seu próprio mundo.
Um cego pensa num mundo duro ou macio, frio ou quente.

Somos uma mistura de felicidade e sofrimento, como já tivemos ocasião de comprovar centenas de vezes em nossa vida.

Em geral os jovens são otimistas e os velhos, pessimistas.
Os jovens têm a vida diante de si, os velhos queixam-se de que seu tempo já passou; centenas de desejos insatisfeitos debatem-se em seus corações.

A vida é boa ou má de acordo com o estado de espírito com que a contemplamos. Em si mesma, não é nada.

O fogo, em si mesmo, não é bom nem mau. Quando somos aquecidos por ele, dizemos: “Como é lindo o fogo!”Ao queimar-nos os dedos, nós o condenamos.

De acordo com o uso que fazemos dele, ele nos causa uma sensação boa ou má.

O mesmo se dá com o mundo

Um afectuoso abraço.

Venda do Pinheiro, 20 de Agosto de 2014

Maria João Vitorino

- A importância do otimismo


«A IMPORTÂNCIA DO OTIMISMO

A cada amanhecer, abrimos os olhos e acordamos para a VIDA…

E preenchemo-la, dia após dia, cumprindo as nossas rotinas: em casa, no trabalho ou na vida social.

E, tantas vezes, nos esgotamos provendo ao imediato, esquecendo-nos de nós próprios e de dar atenção às relações humanas, incluindo, aos nossos familiares mais próximos.

E, assim, “vivemos”, dia após dia, por entre uma ou outra alegria com a esperança (por vezes, vã…) de que o aconchego da noite nos devolva, em meia dúzia de horas, a energia da vida, tão necessária, para cumprir as tarefas do dia seguinte.

E quando, depois, saímos à rua procurando a luz do sol, encontramos, tantas vezes, no nosso caminho, pessoas cujo semblante e posturas rígidas erigem a mais intransponível das barreiras, expressando a sua falta de abertura a qualquer diálogo ou eventual aproximação.

Fechados para o mundo e fechados sobre si mesmo, muitos de entre nós, constroem muros em vez de pontes e propalam a sua solidão.

Fechadas em si mesmo, existem pessoas que votam à indiferença a candura de um sorriso infantil… pessoas que não respondem (ou fazem-no secamente) a uma saudação ou a um cumprimento caloroso…

Bem sei, que a vida nem sempre é fácil e que o nosso humor, tal como as nossas emoções, é controverso e muda em função dos acontecimentos.

Mas, estou convicta que todos conhecemos pessoas que conseguem “dar a volta” às contrariedades da vida, mantendo uma postura de confiança, de fé, de otimismo, mesmo perante uma imensa adversidade.

E todos poderemos, se quisermos, seguir-lhes o exemplo.

É extraordinariamente importante que nos esforcemos por focalizar a nossa atenção nas facetas mais alegres da vida.

Pois, o otimismo tem um papel na saúde!

Veja-se, por exemplo, a reação de um doente à aplicação de um placebo (a crença de que a toma do medicamento vai resultar): os investigadores estimam que a reação provocada pelo efeito placebo se situa entre 30 a 50% dos efeitos das várias drogas e até 100% no caso das intervenções cirúrgicas.

Pesquisas têm vindo a demonstrar que as pessoas otimistas adoecem menos e vivem mais tempo do que os pessimistas, os seus sistemas imunológicos parecem ser mais fortes e os sistemas cardiovasculares mais estáveis.

Os otimistas são pessoas de cuja companhia se gosta, são alegres e animam os outros.

Os otimistas trazem vida à sua vida!

E conseguem “contagiar” os outros com a sua boa disposição.

Por tudo isso, é assaz importante que olhemos os factos que acontecem na nossa vida sem a preocupação de fazermos, sobre eles, qualquer juízo ou interpretação. Porque os pensamentos e as interpretações pessoais são meramente subjetivos e não têm a capacidade de alterar os acontecimentos da vida real…

Não se podem evitar muitos dos acontecimentos que se produzem ao longo de uma vida (perdas, luto, doenças…), mas é importante que percebamos a inutilidade do sofrimento prolongado perante a sua produção…

Pense nisto caro(a) leitor(a): só você pode decidir efetuar uma qualquer mudança na sua vida…
Mas, mudar algo, implica, também, mudar a sua forma de sentir em relação a esse mesmo algo...

Porque… você é aquilo que sente…

Os seus sentimentos e emoções brotam dos seus pensamentos, do seu sistema de crenças e convicções.


Em boa verdade, é aquilo que sentimos que, normalmente, expressamos por palavras, atos ou reações.

As palavras que proferimos ou as obras que produzimos, exprimem a energia da Vida que existe em nós e fazem de cada um de nós a pessoa que é.

Por tudo isso, vale a pena cuidar dos seus pensamentos e dos seus sentimentos, nutrindo-os e alimentando-os positivamente, em prole de um Mundo que é “nosso” e de todos aqueles que, um dia, hão de nascer e viver no mundo que agora construímos.


«Se todos os dias arranjamos os cabelos: por que não o fazemos com o coração?» Provérbio chinês

Afetuoso abraço.

Maria João Vitorino


Editorial do Jornal Daqui, da edição de hoje: 20 de Agosto de 2014, cuja leitura recomendo:
http://www.jornaldaqui.com.pt/

Seguidores