domingo, 4 de dezembro de 2011

- E quanto à regulamentação legal do Reiki em Portugal?

A Lei n.º 45/2003 de 22 de Agosto (Lei do Enquadramento base das Terapêuticas Não Convencionais)
A Lei n.º 45/2003 de 22 de Agosto (conhecida como a Lei do Enquadramento base das Terapêuticas Não Convencionais) - estabelece o enquadramento da actividade e do exercício dos profissionais que aplicam as terapêuticas não convencionais, tal como são definidas pela Organização Mundial de Saúde.
Esta lei aplica-se a todos os profissionais que se dediquem ao exercício das terapêuticas não convencionais nela reconhecidas, a saber: acupunctura, homeopatia, osteopatia, naturopatia, fitoterapia e quiropráxia.
Sendo que nos termos do referido diploma a prática de terapêuticas não convencionais só pode ser exercida, nos termos desta lei, pelos profissionais detentores das habilitações legalmente exigidas e devidamente credenciados para o seu exercício.
O referido diploma foi publicado em 22 de Agosto de 2003, prevendo-se, então, que seria regulamentado no prazo de 180 dias…Não o foi….
Esta lei permanece, pois, sem qualquer efeito prático ao nível da salvaguarda dos direitos e interesses dos utilizadores, nomeadamente a garantia da qualidade dos cuidados prestados e da qualificação daqueles que exercem as terapêuticas não convencionais.
A própria Entidade Reguladora da Saúde, veio alertar no início de 2011, para a necessidade de o Governo regulamentar a Lei n.º 45/2003, de 22 de Agosto, considerando que estão em causa os interesses e a segurança das pessoas que recorrem a estas terapias, mas também dos próprios profissionais. Desconhece-se, no entanto, qualquer nova diligência do Governo nesse sentido.
Recentemente, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda propôs à Assembleia da República recomendar ao Governo que tome as medidas necessárias para que sejam retomados, com urgência, os trabalhos conducentes à regulamentação da Lei n.º 45/2003, de 22 de Agosto e defina um novo prazo limite para a completa implementação do processo de credenciação, formação e certificação dos profissionais que se dedicam ao exercício das terapêuticas não convencionais.
No Brasil, o Ministério do Trabalho reconheceu o Reiki como profissão isolada. Ele foi enquadrado dentro das atividades de práticas integrativas e complementares em saúde humana, recebendo o código 8690-9/01 da CONCLA (Comissão Nacional de Classificação), órgão responsável pela classificação de profissões e ligado ao Ministério do Trabalho e ao IBGE.
E em Portugal? Parece que ainda teremos algum caminho a percorrer para que o Reiki venha a ser integrado e reconhecido como “terapêutica não convencional”…

Mas, afianço-vos, entusiasmo e tenacidade não faltam aos “Reikianos”…

- Artigo de opinião..."Ninguém pode tocar sem ser tocado!" (Isaac Newton)

REIKI…ultimamente, muito se fala de REIKI...
Será apenas – como dizem alguns – uma manifestação do estado psicológico da pessoa?
Li, há algum tempo, que não há na literatura nenhuma evidência que o Reiki funcione melhor que um placebo similarmente aplicado, e que qualquer efeito específico se deve à sugestão do paciente (ou à auto-sugestão do praticante)..

Curiosamente, como os meus amigos bem sabem, muitos dos céticos, que falam mal do Reiki, recusam, liminarmente, submeter-se a um tratamento… (pelo que, em boa verdade, não deveriam sequer comentar os seus efeitos....que desconhecem)…

Ora, como diria Albert Einstein «é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito»…
Afinal, «o preconceito é o filho da ignorância»…ou como diria Voltaire: « os preconceitos são a razão dos imbecis.»

Pessoalmente, não me importa o que a ciência diga a respeito do Reiki, se diz bem ou se diz mal...
Nem me preocupa que trabalhos mais recentes sobre Reiki – como a dissertação de Mestrado de Ricardo Monezi – não tenham sido publicados na literatura técnica especializada (onde estariam sujeitos às críticas e comentários da comunidade científica em geral)...
Por mim, não necessito de demonstrações científicas, nem de ouvir “avalizados” ou alegados peritos a perorar sobre a essência, causas ou manifestações de uma energia primordial, tão sublime e etérea que…nenhuma ciência – pelo menos as que conhecemos por estes tempos – conseguirá, por ora, explicar…
Eu, como vós Amigos, tenho o privilégio de sentir e assistir aos manifestar dos seus sublimes efeitos…sem alimentar polémicas, nem protagonismos…
Afinal, como bem disse Isaac Newton, "ninguém pode tocar sem ser tocado!".

Sintam-se abraçados!

Maria João

- REIKI E DIREITO À LIVRE ASSOCIAÇÃO

DA AUSÊNCIA DE UM REGISTO DE MESTRES DE REIKI EM PORTUGAL

Nenhum Mestre de Reiki ou Reikiano de qualquer nível está vinculado a associar-se a qualquer associação de Reiki e sabemos que existem várias em Portugal.
A inscrição numa determinada Associação de Reiki em Portugal, não constitui, pois, pressuposto ou requisito para o exercício do Reiki.

Cada um de nós é livre para escolher se se quer ou não associar a uma determinada Associação de Reiki.
Legalmente, o direito à livre associação constitui uma garantia básica de realização pessoal dos indivíduos na vida em sociedade (decorre da Constituição da República Portuguesa).
Pelo que, será muito difícil saber se determinado Mestre de Reiki, possui, ou não, a habilitação e formação necessárias para dar cursos de Reiki.
O melhor critério é tentar conhecer, antecipadamente, o Mestre que se escolhe…

- “REIKI ESTIMULA RESPOSTA IMUNOLÓGICA"


11 de Junho de 2007
Extraído de: http://www.diabetesnoscuidamos.com.br/materia.asp?id=1091
Entrevista com Ricardo Monezi, biólogo pesquisador da Unifesp

O reiki - técnica de imposição de mãos desenvolvida no final do século XIX pelo "teólogo" japonês Mikao Usui – pode ser uma ferramenta auxiliar no tratamento de doenças? Muitos garantem, sem pestanejar, que pode.

Mas a confirmação científica dessa possibilidade começa a se consolidar agora, a partir de pesquisas como a do biólogo Ricardo Monezi, da Universidade Federal de São Paulo, que indica interferência favorável da técnica no tratamento de animais de laboratório com câncer.

Segundo Monezi, o reiki age positivamente na redução do nível de stress, uma das possíveis causas do surgimento, agravamento e até comprometimento do tratamento de doenças crônicas como o diabetes.

Durante cinco anos, Monezi conduziu uma pesquisa com camundongos para saber se o reiki interferirira positivamente no tratamento contra o câncer. Ele montou três grupos de camundongos. O primeiro não recebeu tratamento; o segundo recebeu tratamento falso – a imposição de mãos foi feita com a colocação de luvas presas a duas hastes de madeira; e o terceiro foi tratado com reiki.
Monezi analisou o comportamento dos linfócitos – que são os responsáveis pela defesa imunológica do organismo – frente a um tumor e concluiu que os ratos submetidos ao reiki mostraram aumento da capacidade de enfrentar a doença. O mesmo padrão foi observado com tumores mais agressivos. Os animais foram submetidos ao reiki durante quatro dias, em sessões de 15 minutos.
Segundo o biólogo, esses resultados afastam a hipótese de que o sucesso do tratamento seja resultado de sugestão psicológica. A próxima etapa de sua pesquisa será observar o uso do reiki em seres humanos. A intenção é verificar se o reiki pode colaborar para reduzir o estresse e melhorar a imunidade de pacientes idosos, que muitas vezes sofrem baixa em sua resistência.

A palavra reiki significa Energia Vital Universal. Seus criadores basearam-se na crença de que a energia liberada por um praticante de reiki envolve o paciente, atuando sobre seu corpo físico. Na história da humanidade, diversas correntes religiosas têm utilizado a imposição de mãos com objetivos diversos. São exemplos o jor-ei da igreja messiânica, a bêncão da igreja católica, o passe do espiritismo.
Do ponto de vista físico, explica o pesquisador, o ser humano é constituído por energia – o que pode ser observado, por exemplo, no eletrocardiograma, que mede a função elétrica do coração. Desde a década de 80, diversas correntes de pesquisa têm buscado embasamento científico para a teoria que fundamenta o reiki e outras técnicas de imposição de mãos. Todas têm constatado, como efeitos corriqueiros, sensação de bem-estar, diminuição de sintomas relacionados ao estresse e sensação de relaxamento. Há trabalhos que indicam a técnica no tratamento de ansiedade, depressão e fobias como a síndrome do pânico. Monezi alerta, porém, que não se fala em cura, mas em indicação terapêutica complementar. Isto é, uma terapia de apoio ao tratamento convencional.

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