Há uma porta,
na vida de cada um de nós, por abrir.
Há uma porta,
que todos temos de atravessar: a porta para nós mesmos. Mas, muitos a
desconhecem.
Muitos,
partem sem a conhecer.
Outros, têm
uma ideia algo vaga de que essa porta existe. Ideia, essa, retirada dos muitos
livros já lidos ou das palavras dos "Mestres", ouvidas em mil e uma
formações. Esses, perdem-se no embrenhado dos ensinamentos, dos dogmas, dos
ritos nunca refletidos, nem questionados.
Estes, tendem
a tornar-se algo insensíveis, mecânicos, repetitivos e hão de atingir, apenas,
os "resultados espirituais",
as experiências, criados pelo desejo
da própria mente, resultados esses, que não deixam de propalar e de apregoar.
Mas, se o
"resultado espiritual" é desejo, é coisa criada pela mente e não tem qualquer significado. É consabido
que a mente, mente.
A mente só pode atuar nos limites do "conhecido" e do seu
próprio condicionamento.
Outros, por
sua vez, já compreenderam que nenhum Mestre, nenhuma coisa exterior a si mesmos,
lhes pode trazer a paz que almejam.
Destes, alguns conheceram "mestres falsificados" (que visam, unicamente, a promoção pessoal) e compreenderam que a verdade e a honestidade são o seu único caminho.
Destes, alguns conheceram "mestres falsificados" (que visam, unicamente, a promoção pessoal) e compreenderam que a verdade e a honestidade são o seu único caminho.
Um verdadeiro
Mestre não pode ajudar-nos...
Porque cada um de nós tem de conhecer-se e de compreender-se a si mesmo.
Porque cada um de nós tem de conhecer-se e de compreender-se a si mesmo.
Na verdade, podemos
ir ao psicólogo ou ao psicanalista, para descobrir algo sobre nós mesmos, mas
isso não é autoconhecimento.
Autoconhecimento
não constitui um resultado, um objetivo a atingir.
Autoconhecimento
é um processo, para o qual, não há fórmula.
O que importa, é que nos compreendamos a nós mesmos, porque temos, uma vida inteira para percorrer: sózinhos, connosco , mesmos, com os nossos próprios pensamentos.
E, compreendendo quem somos, poderemos, também, compreender os "outros".
Só, cada um
de nós, tem a capacidade de se conhecer, profundamente, a si mesmo.
Só, cada um
de nós, vive consigo mesmo, 24 horas, a cada dia.
Só, cada um
de nós, pode observar-se a si mesmo e aos seus próprios processos internos: de
pensar, sentir e de agir nos seus relacionamentos (com as pessoas, as coisas,
as suas ideias e crenças).
E, quando nos conhecemos a nós mesmos...
Quando nos
conhecemos a nós mesmos, conhecemos, finalmente, o Mestre, em nós…
Apenas, hoje...
Mafra, 22 de janeiro de 2017
Maria João Vitorino
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