sábado, 7 de janeiro de 2012

- UM CONTO TIBETANO:…«A humildade do estudante estava longe de ser perfeita, mas os mestres no mosteiro não se preocupavam com isso …»



«Apenas, hoje não se preocupe.»

«O MANTRA - UM CONTO TIBETANO

Um devotado praticante de meditação, tendo passado anos concentrado num determinado mantra, havia conquistado interiorização suficiente para começar a ensinar.

A humildade do estudante estava longe de ser perfeita, mas os mestres no mosteiro não se preocupavam com isso.

Após alguns anos de ensino bem sucedido, o praticante ficou com a certeza de que não precisava de aprender com mais ninguém; mas ao ouvir falar de um famoso ermitão, que vivia próximo, achou a oportunidade demasiado atraente para ser ignorada.

O ermitão vivia sozinho numa ilha no meio de um lago pelo que o praticante contratou um homem com um barco para o levar à ilha.

O praticante foi muito respeitoso com o velho ermitão. Depois de tomarem chá, o praticante perguntou ao ermitão sobre as suas práticas espirituais. O ermitão respondeu-lhe que não tinha nenhuma prática espiritual, à excepção de um mantra que ele repetia, todo o dia, para si mesmo.
O praticante estava extasiado: o ermitão usava o mesmo mantra que ele; mas quando o ermitão pronunciou o mantra em voz alta, o praticante ficou estarrecido!
- O que está errado? - Perguntou o ermitão.
- Eu não sei que dizer. Receio que tenha desperdiçado toda a sua vida! O senhor está a recitar o mantra de forma incorrecta!

- Oh! Isso é terrível. Como deveria dizê-lo para estar correcto?
O praticante ensinou a pronúncia correcta e o velho ermitão ficou muito agradecido, pedindo para ser deixado a sós para que pudesse começar imediatamente a praticar.

Na travessia de regresso, o praticante, agora obviamente um mestre completo, veio a refletir sobre o triste destino do velho ermitão.
"Foi muita sorte eu ter vindo. Pelo menos ele terá um pouco de tempo para praticar correctamente antes de morrer".

De repente, o praticante percebeu que o barqueiro estava a olhar assustado e, virando-se, viu o ermitão de pé, respeitosamente, sobre a água junto ao barco.

- Peço que me desculpe. Lamento incomodá-lo mas esqueci-me, de novo, da pronúncia correcta. Importar-se-ia de a repetir, por favor?

- Obviamente o senhor não precisa disto - gaguejou o praticante. Mas o ermitão insistiu educadamente no seu pedido até o praticante aceder e repetir novamente o mantra.

O velho ermitão foi recitando o mantra muito cuidadosamente, devagar e repetidamente, enquanto caminhava sobre a superfície das águas, de volta à ilha.»

"O Livro dos Contos Tibetanos"

«O topo da inteligência é alcançar a humildade

Textos Judaicos
7 de janeiro de 2012

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