quarta-feira, 14 de setembro de 2016

- Esclarecer, informar e devolver o Reiki ao Reiki


Pese embora muito se fale de Reiki e este seja, cada vez mais, apreciado e praticado no nosso País e em todo o mundo, certo é, que nem todas as pessoas se apresentam, ainda, suficientemente esclarecidas, acerca do que é, verdadeiramente, o Reiki.
Recentemente, contou-me uma pessoa amiga que, estando sentada no jardim de um parque público de uma cidade do nosso País, não pode deixar de ouvir este diálogo (que reproduzo, seguidamente), entre duas Senhoras que, por ali, caminhavam:
«- Reiki? O que é isso? – Perguntou uma delas.
«- Ah! Não sabes?» – Questionou a segunda Senhora, dirigindo-se à primeira – «Reiki é uma religião japonesa!» – Respondeu, de forma convicta.
Bem, na sequência desta resposta, havemos de concluir que, em vez de uma pessoa mal informada acerca do que é o Reiki, temos, agora, duas pessoas mal informadas e estas, por sua vez, hão de continuar a reproduzir informação errada, acerca do que é o Reiki, a outras pessoas.

Impõe-se, pois, a verdade e o esclarecimento.

Diz o nosso povo que: “o saber não ocupa lugar”.
Mas, ocupa, sim.
O saber ocupa o lugar da ignorância…

O Reiki é, ou não é, uma “religião japonesa”?

Visando o efetivo esclarecimento, devemos começar por procurar a própria definição da palavra “religião”. E, a fls., 3138, do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, do Instituto António Houaiss de Lexicografia Portugal, Tomo VI, Ed. do Círculo de Leitores, 2002, encontramos a sua definição:
«1. culto prestado a uma divindade; crença na existência de um ente supremo como causa, fim ou lei universal 2 conjunto de dogmas e práticas próprias de uma confissão religiosa 3 a manifestação desse tipo de crença por meio de doutrinas e rituais próprios 4 crença, devoção, piedade 5 reverência às coisas sagradas (…)»
Ora, tendo em conta a definição supra reproduzida podemos afirmar, clara e expressamente, sem evasivas, nem reservas, que o Reiki não é, a nenhum título, uma “religião”.
Na verdade, no Reiki, tal como o conhecemos e praticamos:
– Não se adoram divindades;
– Não se apela a qualquer sistema de “crenças” num ente supremo (e mais: não é preciso acreditar nos efeitos do Reiki, para que estes se produzam; nem se utilizam no Reiki quaisquer processos de sugestão psicológica ou de efeito placebo);
– E não se professam dogmas, nem práticas próprias de uma confissão religiosa.
Religiões japonesas, adiantar-se-á, são nomeadamente: o xintoísmo, o budismo e o cristianismo, entre outras. Mas o Reiki – reitera-se – não é uma religião.

É preciso: «Esclarecer, informar e devolver o Reiki ao Reiki.»

E, permitam-me, aqui, dizer o seguinte: para sermos, verdadeiramente, sérios e honestos para connosco mesmos e nos nossos relacionamentos com os outros, devemos, antes de emitirmos uma opinião acerca de qualquer assunto que não conhecemos bem, procurar informação, junto de fontes fidedignas. Caso contrário, se não estamos aptos para expressar uma opinião ou conhecimento consistente e claro, devemos, simplesmente, silenciarmo-nos ou admitir que não sabemos. É, esta a conduta que devemos exigir, uns dos outros. É simples e não custa nada.
Na prossecução das suas atribuições, a “Monte Kurama – Associação Portuguesa de Reiki” – que existe, desde o ano de 2008 – tem contribuído com o seu labor e dedicação, para o esclarecimento e informação públicos, acerca do que é, e do que, não é, o Reiki.
Esta associação de direito civil, criou no ano de 2015, a “Comissão Nacional de Ética para a Terapia Reiki” (abreviadamente conhecida por C.N.E.T.R.), com o objetivo de, entre outras competências, levar a efeito ações de esclarecimento público.
Um dos lemas adotados por esta comissão é, precisamente, aquele que utilizei para dar título a este artigo, e que é da autoria – sublinho – da C.N.E.T.R.: «Esclarecer, informar e devolver o Reiki ao Reiki.»
No Reiki, como em qualquer área da vida, é preciso que, todos, sejamos muito sérios, honestos e rigorosos. E, para podermos colocar tudo no sítio certo, é preciso ver o verdadeiro, como verdadeiro e o falso, como falso, sem artifícios, nem reservas mentais.
De facto, nos dias que correm – e atente-se – nem tudo aquilo a que se chama Reiki é, na verdade, Reiki. Por isso, mesmo, o esclarecimento e a informação, impõem-se sobremaneira.


O que é, a final, o Reiki?


Se procurar, vai encontrar, decerto, muitas definições.
Deixo-lhe, aqui, contudo, esta definição: Reiki é uma terapêutica complementar e integrativa, de origem japonesa, integrada no âmbito das terapias holísticas e bio energéticas, que baseando-se no conceito oriental de energia vital, funciona através da imposição das mãos, com o objetivo de restabelecer o equilíbrio vital de quem dela beneficia e promover a sua saúde, bem estar e harmonia.
Ou melhor e como o definia o seu fundador: o Mestre Mikao Usui (1865-1926):
«O Reiki é a arte secreta de convidar a felicidade.»

De forma, ainda, mais simples e compreensível: Reiki é uma prática de saúde e uma filosofia de vida.
É que, para além das técnicas e ensinamentos ministrados nos vários níveis de formação, que lhe permitirão aprender, desde logo, a tratar de si mesmo e de outras pessoas, o Reiki propõe, também, aos seus praticantes uma mudança de consciência, uma nova perspetiva de vida, uma nova forma de viver expressa em cinco princípios:
«Apenas, hoje, sou calmo, confio, sou grato, trabalho honestamente e sou bondoso.»

Mas, deve saber, em abono da verdade, que o Reiki não é considerado uma “prática terapêutica não convencional”, na definição dada pela Lei n.º 45/2003, de 22 de agosto.

Adiante-se, ainda que, a aprendizagem do Reiki é simples.

Mas, embora possamos aprender e até compreender os princípios de Reiki, com relativa facilidade (ao nível verbal e intelectual), não é, contudo, muito fácil cumpri-los (de corpo, mente, alma e coração)…
Todavia e independentemente de qualquer ideia, ou opinião, que tenha acerca do Reiki, este atua e os seus efeitos fazem-se sentir, quer acredite, ou não.
Neste contexto, se se permitir desfrutar de uma sessão de tratamento, deixe de parte as suas opiniões e conclusões. Elas são flagrantemente limitativas.
Mais: os “pré-juízos” e “ideias preconcebidas”, negar-lhe-ão, indubitavelmente e à partida, a possibilidade de usufruir de uma enorme sensação de paz e de relaxamento, tão necessários para o bem estar de cada um.

Usufruir do estado de saúde, constitui um dos direitos fundamentais de todo o ser humano.

E, sublinho: a “saúde” não consiste, apenas, na ausência de doenças ou de enfermidades. A saúde, traduz-se, nada mais, nada menos, do que: por um estado de completo bem-estar físico, mental, emocional e social.
E é este “estado de bem estar”, que o Reiki lhe poderá proporcionar.
Pessoalmente, experimentei Reiki, fiz formação em Reiki, pratico-o e recomendo-o, também, a si.
Se despendeu o seu tempo de vida a ler este artigo é porque, decerto tem interesse neste tema.
Seja, como for, aceite um conselho: se tiver dúvidas esclareça-as junto de fontes fidedignas, acedendo, nomeadamente, à página da Associação Portuguesa deReiki, onde poderá encontrar toda a informação que necessita e dilucidar todas as suas dúvidas.
Texto: Maria João Vitorino

Este artigo foi publicitado na Revista "O Praticante" em http://www.opraticante.pt/esclarecer-informar-devolver-reiki/ 

terça-feira, 6 de setembro de 2016

- REIKI: "...quanto mais avançares, mais sensível te tornarás..."





Reiki é simples.
Mas difícil é ser tão simples...

"...quanto mais avançares, mais sensível te tornarás..."

E como é importante recuperarmos a sensibilidade...
A sensibilidade de ser sensível a tudo...
Ver, ouvir e sentir, intensa e apaixonadamente a vida em si
 e de estar, verdadeiramente, presente em todas as coisas:
 no relacionamento humano, 
no relacionamento com o pensamento e com as ideias...
No relacionamento com a natureza e com todos os seres vivos...

Mas, nesta sociedade tendemos a perder a sensibilidade...
E, sem ela, perdemo-nos de nós mesmos...

Não somos sensíveis à nossa própria existência...
Nunca refletimos sobre nós, mesmos...
Não sabemos quem somos...

Não conhecemos nada acerca da natureza dos nossos próprios processos
 de pensar, de sentir, de agir,
de "SER"...

Sem nos conhecermos a nós mesmos: 

- Como podemos, verdadeiramente, compreender a energia harmonizadora do Reiki?

Como poderemos, verdadeiramente compreender?Se a  nossa própria "casa",
A nossa própria "morada",
permanece na escuridão? Vivemos no exterior de nós mesmos,
Seguindo, imitando padrões, Cultivando o apego e a dependência,

E quedando absolutamente impreparados,
para a vida, 
para a doença, 
para o envelhecimento, 
e para a morte…

Vivemos nas palavras e nas teorias.
E, no relacionamento humano, escutamos os outros, 
com as nossas próprias opiniões e conclusões...

Vivemos no exterior de nós mesmos,
interpretando as sombras que passam,
à luz dos ilusórios sentidos,
Sob o véu da nossa própria ignorância...

Talvez, por isso, encontremos tanta “coisa falsa”, por aí!

E é preciso que vejamos o verdadeiro, como verdadeiro
 e o falso, como falso.
É preciso que nos devolvamos à verdade!

É preciso que nos devolvamos a nós mesmos e
 que resgatemos a nossa sensibilidade e lucidez.

Sem pensamento claro,
 semeamos o equívoco  e o conflito humanos…

E é tão preciso que reencontremos o caminho para a nossa própria casa…
E que o façamos sem desperdiçar um só momento…

- "No final, só restará o "SER" ele mesmo."

Mas...quem, restará, para o compreender?

Apenas, hoje, honestamente, reflito...


06.09.2016
Maria João V.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

- Na verdade, não desejamos compreendermo-nos a nós mesmos...



Apenas, hoje, "pratique": "autoconhecimento", refletindo.
A crise atual é, essencialmente, uma crise interna, interior...
Numa sociedade que se desmorona...

O que é que se desmorona, a final?
Nós!
Cada um de nós.
Eu e você.
A sociedade somos nós...

Cada um perdendo-se, mais e mais, de si mesmo...
Cada um, a cada vez, mais desconfiado, martirizado, torturado, pelos "problemas" da vida, pelas dificuldades (manifestas) no relacionamento humano...

Cada um, mais fragmentado do que o outro...
E, quantas vezes, ouvimos os “nossos” familiares e amigos, em jeito de desabafo, dizer:
«- Estou tão cansado…de tudo, da vida…»
E, acredite, que quando o ouve, essa pessoa que lhe é querida, está mesmo, no seu limite.

O livro da vida, a "nossa história" fala-nos de violência: "Homens, contra Homens"; dificuldades de relacionamento; competição, busca de prestígio, sucesso, ambição, ansiedade, sofrimento, dor, suicídio, agonia, morte...

O livro da vida, conta-nos a nossa história e de como nos separámos – e continuamos a separar – uns dos outros, por fronteiras, por famílias, por religiões, por sistemas económicos, etc.…

Separados de quem somos e do “próximo”, lá continuamos, diariamente, a viver como seres “alienados,

Distraídos da própria existência...

Vivendo tristes, taciturnos, refletindo, em pequenos nadas, a agrura e a “infelicidade”…
Não nos falam as estatísticas dos "aposentados da vida"...
Mas, eles existem.
Oh! Como existem.
 
Deixámos de refletir acerca de nós mesmos…
Não nos compreendemos,
Não nos conhecemos,

Na verdade, não desejamos compreendermo-nos a nós mesmos...

Desejamos que "outros" o façam por nós, e – já agora -  que nos ensinem, depois, como fazê-lo, para alcançar a almejada paz interior...
 A final, fomos condicionados, formatados para “consumir”, para copiar, para seguir:
«- Diga-me, como fazer?»
«Pergunte-me como!»
 Se outros lhe disserem o que deve fazer para alcançar a serenidade e a paz, é muito mais fácil, não é?

Assim, não tem de se esforçar.
Verdade?
E lá, vamos, alegres e contentes, à procura de uma espécie de "panaceia universal"...

Mas, ninguém pode ensiná-lo a conhecer-se a si mesmo e aos seus próprios processos de agir, sentir e de pensar...
Reconhece essa verdade, não é?
Sem autoconhecimento, sem se conhecer a si mesmo, não poderá compreender a "realidade", nem a vida, nem a morte...

E nunca estará, ou se sentirá preparado, para viver inteiro, plenamente...
 Limitar-se-á, uma vida inteira, a seguir, atrás dos outros...

É preciso que se compreenda a si mesmo.
Que se empenhe nesse processo, uma vida inteira, se necessário for...
Questione, indague, reflita.

O pensamento claro, lúcido e verdadeiro, sem fugas da realidade e do que “é”, ou não “é”, revelar-lhe-ão uma nova perceção da vida: em harmonia.

E se todos o fizermos, juntos, prestaremos o mais importante contributo para um mundo melhor!

Porque a crise é interna.
Ocorre no interior de cada ser humano…

Apenas, hoje, reflito...

Maria João Vitorino

02.09.2016


https://www.facebook.com/events/264312243961535/


Seguidores