segunda-feira, 20 de outubro de 2014

- ÀS «CRIANÇAS DAS ESTRELAS»: O MEU MUITO OBRIGADO!



«Só é possível ensinar as crianças a amar, amando-as.»
Johann Goethe




Ontem, dia 18 de outubro de 2014, levei a efeito, pela primeira vez, um Curso de Iniciação ao Reiki para crianças entre os 7 e os 11 anos de idade.

Este não foi, apenas, um curso…
Foi um reencontro.
Foi VIDA em todo o seu esplendor!

Hoje, nesta manhã de domingo registo aqui, para que perdure, o sentimento da minha alma, colhido dessa bênção, dessa dádiva maravilhosa de poder ver e sentir o mundo e a vida, através dos olhos das crianças:

Sabem, aquela sensação de quando nos sentimos extraordinariamente felizes e em harmonia com a vida e com tudo o que está ao nosso redor?

Quando sentimos que habitamos aquele “ponto” de consciência que parece reproduzir-se fisicamente no nosso coração, num inefável bater de asas de borboletas?

Conhecem, certamente, aquela sensação de êxtase que parece elevar-nos para mais perto do céu, mas que, ao mesmo tempo, nos deixa surpreendentemente conscientes, presentes e religados a tudo quanto existe?

Assim, como se, por um qualquer “passe de mágica”, nos tivesse sido permitido tocar o céu com o coração, para além de todos os véus?

É que, ontem, à tarde, abri as portas do Céu,
E tive um encontro absolutamente inolvidável com a energia das estrelas...

Pequenos anjos vieram até mim para me visitar…
Lindos, serenos, de sorrisos doces e cândidos…
Ah! E se pudessem ver os seus olhos…
Transbordando de luz,
Mesclados com o brilho das estrelas…
Enormes, profundos…
Como se neles coubessem todos os mistérios da vida humana,
E os pequenos anjos, sentados, ou em pé, observavam,
Curiosos,
Insaciáveis,
Infatigáveis,
Registando cada imagem,
Absorvendo a energia de cada palavra,
De cada gesto,
De cada expressão facial,

Ontem, a vida manifestou-se, perante mim,
Em toda a sua simplicidade e pureza,
Como se o céu tivesse descido à Terra,
Ou, cada um de nós existisse, agora, numa dimensão supra física,

Ontem, tive um dia extraordinário e “encantado”…
É que, é tão maravilhosamente simples ver o mundo, através da alma e dos olhos das crianças…

Ontem, passei a tarde com anjos,
Com estrelas multicolores,
Brincadeiras de luz e de cor,
Desenhos, alegria, partilha, abraços,
E muito, muito AMOR.

De mãos postas, como que em oração,
Meditámos juntos,
Subimos ao nosso quarto do sótão,
Esse quarto encantado,
Onde mais ninguém pode entrar…
E ali, construímos um templo de meditação,
Para estarmos connosco próprios,

Ouvimos histórias maravilhosas,
Brincámos e sentimos a energia ki do nosso corpo,
E seguindo o pensamento,
Redescobrimos as nossas mãos,
E nelas, esses dez dedos anõezinhos,
Bem amigos uns dos outros,
Que sempre se unem para cuidar de nós…e dos que necessitarem da nossa ajuda.

Depois, abrindo as asas,
de mãos dadas,
E sorrindo felizes,
Esvoaçámos até esse lugar do Universo,
Lá, onde nasce o SOL e a LUZ,

Percorremos as cores do arco-íris,
Subindo e descendo, repetidamente,
Descobrindo os mais magníficos tesouros de luz e de cor,


E, quando, numa pausa, nos entreolhámos uns, aos outros,
Sorrimos…
E sorrimos, porque, percebemos a final…
que somos moldados com as cores e a energia do arco íris
Somos filhos das estrelas,
Todos iguais, todos irmãos,
Singela poeira cósmica universal…


Falámos dos chacras, essas rodas de luz que vibram em cada um de nós,
E de como, através deles, nos ligamos à energia universal (REI),
Tocámos-lhes, com as nossas mãos,
Sentimo-los,
Aprendemos a alimentá-los e a nutri-los com os alimentos das suas cores,
Aprendemos a mimá-los e a harmonizá-los,


E aprendemos, também, que se tratarmos deles todos os dias, iluminamos o nosso corpo, mente e emoções.
E quando nos sentirmos bem no nosso coração,
Somos capazes de ajudar outras pessoas a iluminarem-se,
Para que, todos juntos, reaprendamos a ser felizes
E a partilhar essa alegria,
De luz e de cor.

E como foi maravilhoso, ver os anjos, cuidando, com as suas mãos, uns dos outros…
As crianças das estrelas mostrando o seu saber, o seu entusiasmo e vigor…

Não menos importante, foi recordar que o medo só existe onde não existe o Amor,
E que não devemos preocupar-nos, nem zangarmo-nos,
Porque cravamos pregos no nosso coração,
E a nossa aura muda de cor,

Queremos ser bondosos, honestos gratos à VIDA!


E finalmente, percebemos todos,
Que a VIDA existe em nós em todo o seu esplendor
E VESTE  AS CORES DO ARCO-ÍRIS…

Se as quisermos ver…

Queridos Anjos, mui adoradas «crianças das estrelas», como vos disse:
- Vocês são TÃO especiais!
- Vão!
- Corram!
-  E pela vossa vida fora, distribuam AMOR e HARMONIA, na forma de um sorriso e de um abraço, que todos gostarão de receber!

 ***

« Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles e disse:
- Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.
Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.
E qualquer que receber em meu nome uma criança tal como esta, a mim me recebe.»
Mateus 18:2-5

 ***

Venda do Pinheiro, 19 de outubro de 2014
Maria João Vitorino











Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.        

sábado, 11 de outubro de 2014

- «REIKI – UMA PRÁTICA DE SAÚDE E FILOSOFIA DE VIDA»



«Reiki é a arte secreta de convidar a felicidade»
(Mikao Usui)

Nos últimos anos temos assistido ao aumento progressivo da prática do Reiki em Portugal e no mundo.

Por toda a parte se divulgam cursos, palestras ou seminários e aqui e ali, ouvimos muitas vezes, pessoas entusiasmadas partilhar os seus testemunhos de como recuperaram das suas doenças.

Os seres humanos prestando o seu valioso e convicto testemunho acerca das suas vivências com o Reiki, são a razão do sucesso e do crescimento desta prática energética de saúde.

A técnica terapêutica Reiki existe em vários hospitais por todo o mundo, incluindo em Portugal, tendo sido reconhecida nomeadamente por diminuir o tempo de internamento, o uso de analgésicos, as complicações infeciosas e pós-operatórias dos pacientes, na ajuda de transplantes e doenças como depressões, cancro e outras.

Devo esclarecer, desde já, que não pretendo convencê-lo dos benefícios dos efeitos do Reiki na saúde e na sua prevenção, mas apenas e tão só, levar ao seu conhecimento que esta prática terapêutica existe e pode ajudá-lo, se se permitir ser ajudado.

Porque como dizia Séneca: “É parte da cura, o desejo de ser curado.”

Pessoalmente, não estaria a escrever sobre Reiki se não tivesse, eu própria, recuperado de um problema de saúde que em termos de prognóstico clínico, seria irreversível.

Explicar o que é o Reiki e compreendê-lo não é fácil…
Mas, é fácil percecionar e sentir os seus efeitos. Por isso sugiro-lhe que experiencie uma sessão de Reiki, com alguém que saiba está, efetivamente, habilitado a fazê-lo.

O Mestre Mikao Usui (1865-1926) que redescobriu e estruturou o Reiki como sistema de cura, afirmava o seguinte:
«O Reiki, caminho tão difícil de compreender é, porém, tão simples de sentir como o fluxo natural do céu.”

Deixar-lhe-ei, pois, por ora, breves notas sobre o que é o Reiki, indicando-lhe no final do artigo o meu endereço eletrónico, para que possamos, se o entender por bem, conversar acerca deste tema:

1. O que é o Reiki?

O Reiki é uma terapia energética de saúde, que funciona através da imposição das mãos, um sistema de auto sanação e de reequilíbrio bioenergético.
De uma forma simples, o Reiki induz ao relaxamento do corpo, mente e espírito, criando as condições para que, de forma natural e não invasiva, o próprio corpo se robusteça (resgatando as capacidades biológicas de auto cura) e possa prevenir a saúde e reagir à doença e suas manifestações.

O Reiki é um método de tratamento holístico (“holos” vem do grego e significa “todo”) que olha e trata o Homem como um todo, isto é, um ser inteiro com corpo, mente e emoções.

Hipócrates considerado o “Pai da Medicina” (460 a.C) proferiu uma frase que nos deve fazer refletir:
«Não existem doenças, existem homens doentes.»

As ciências médicas modernas estimam que entre 80 a 90% de todas as doenças são causadas por «stress».
E sob «stress» as atividades hormonais tornam-se aceleradas, desequilibrando todo o sistema endócrino.
Através do Reiki, convido-o a “olhar” a doença e a olhar, para si próprio(a), com “outros olhos”.

Pois, é importante que tenhamos consciência que as nossas emoções, perceções, atitudes e pensamentos afetam, profundamente, o corpo, por vezes até, drasticamente. Isto é, o corpo transforma em sintomas físicos tudo aquilo que não conseguimos expressar, sem que nos consigamos aperceber a nível consciente das verdadeiras origens das doenças.

O Reiki atua nas “causas” que estão na origem do problema, vai para além dos sintomas da doença. Com o Reiki, não é a doença ou a enfermidade que se cura, “é a própria pessoa”…

2. Em que situações pode ser utilizado?

O Reiki trata problemas de saúde física, mental e emocional e deve ser utilizado como método preventivo para assegurar a saúde e bem estar.

O Reiki não se substitui à medicina convencional, isto é: quem estiver medicamentado e a ser seguido por um médico deve, obviamente, continuar o tratamento prescrito. O Reiki, complementarmente, ajuda na eficácia de qualquer tratamento.

No Reiki não se prescrevem, nem utilizam medicamentos, nem aparelhos médicos.
Um tratamento de Reiki não inclui a utilização de quaisquer outras terapêuticas ou modalidades (como massagens, reflexologia, ou acupuntura, entre outras).
Se, eventualmente, padece de uma doença crónica e incapacitante o Reiki pode ajudar a melhorar a sua qualidade de vida.

3. O que é que o Reiki me pode oferecer?

Entre, muitos, outros benefícios: equilíbrio aos níveis físico, mental e emocional, maior clareza mental, redução do «stress»; aceleração de todos os processos biológicos de cura e expansão da consciência.

O Reiki ajuda no tratamento de problemas de saúde, tais como, por exemplo: asma, cancro, depressão, diabetes, doenças cardíacas, dermatológicas, esclerose, arteriosclerose, falta de memória, insónias, fibromialgia e problemas de coluna.

O Reiki pode fazer parte de todos os estilos de vida e ajuda-o em qualquer fase da sua vida.

4. É preciso acreditar no Reiki para obter efeitos na recuperação da saúde?

Não. Os efeitos fazem-se sentir, ainda que, quem recebe Reiki esteja desfalecido, em coma, ou até mesmo quando não saiba, ou nunca tenha ouvido falar de Reiki.
A maioria das pessoas começa a ter confiança nos efeitos deste tratamento após a primeira sessão.

5. Qual é a duração de um tratamento?

Em geral, uma sessão tem a duração de uma hora.

6. O que se sente durante ou após uma terapia?

Não há um padrão. Cada pessoa é única. Mas, em regra o Reiki proporciona um grande relaxamento, tranquilidade, serenidade, harmonia e bem estar.

Após um tratamento as pessoas sentem-se em termos físicos e mentais mais robustecidas e com mais energia para levar avante, com maior rendimento, todos os seus afazeres e práticas diárias.

7. Quem pode aprender e usar técnicas de Reiki?

É muito simples aprender a técnica do Reiki. Não há exigências de idade, nem de escolaridade.

Qualquer pessoa no pleno uso das suas capacidades físicas e mentais, pode tratar de si mesmo e das outras pessoas. A iniciação em Reiki é um caminho de “descobertas” e de mudança de vida pessoal, em direção a uma vida harmoniosa e saudável, que acontece a partir de uma vontade interior, mas que se expressa quando tocamos os outros ou somos tocados pelos outros.

8. Os cinco princípios do Reiki como filosofia de vida:

O Reiki propõe aos seus praticantes uma filosofia de vida diária e efetiva que se expressa nos seus princípios:

«Só por hoje, sou calmo, confio, sou grato, trabalho honestamente e sou bondoso.»

Email: orgone246@gmail.com


Por: Maria João Vitorino


Artigo publicado em 09.10.2014 na Revista O PRATICANTE em:

http://www.opraticante.pt/reiki-uma-pratica-de-saude-e-filosofia-de-vida/

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

- COMPREENDER A MORTE, O SOFRIMENTO E A DOR…PODE O REIKI AJUDAR?



«Bom dia, amigo
Que a paz seja contigo.
Eu vim somente dizer
Que eu te amo tanto
Que vou morrer
Amigo...

Adeus

Vinicius de Moraes


- Compreenderemos, algum dia, o quão essencial é compreender a morte?
- Para além da ilusão do conhecimento e para além de todas as idealizações, conjeturas e opiniões, o que sabemos nós, a final, acerca da morte?

- Qual será a verdadeira causa do sofrimento, após a morte?
- Será que existe alguma técnica, método, ou ritual capaz de atenuar o sofrimento e a dor da perda ou bastar-nos-á compreender a morte?
- O Reiki pode ajudar?

Quando somos confrontados com o facto e o processamos interiormente, sobrevêm muitas interrogações…
E é certo que muitas ficam, e hão de continuar a ficar, sem respostas.
Especulações, teorias e muitas opiniões existem…

Mas, entendo que é preciso que reflitamos por nós próprios, que partamos à descoberta das nossas próprias respostas…

Cada um de nós, per si, munido da sua sabedoria interior, vivências e sensações deve procurar o seu próprio caminho para tentar pacificar-se perante a ocorrência da morte dos que ama.

Mas, é preciso que conversemos acerca da morte.

A morte, faz parte da condição humana e devemos integrá-la na nossa vida, sem medos, sombras ou temores.

Somos matéria, substância, e um dia, ainda que sejamos seres “iluminados” a morte há de sobrevir. 

Pessoalmente, fui criança, cresci  e sou adulta. E ao longo da minha vida humana, nem os meus Pais, nem os Professores, nem os Sacerdotes me ensinaram nada acerca da morte, nem como enfrentar o sofrimento da perda subsequente…
Ninguém me falou acerca da morte.

O que sei que sinto, é que a palavra “morte” nos traz, inevitavelmente, o sentimento de tristeza, sofrimento, medo e dor…
Agarramo-nos ao “conhecido”, aos nossos lugares de conforto e a morte é o “desconhecido”.

E, inconscientemente, tentamos proteger-nos quer da ideia (enquanto representação mental) a que a mesma está associada, quer do próprio facto em si, afastando-nos, ao longo da nossa vida, de todas as suas formas e manifestações…

Mas, evitando o tema, evitando falar da morte, quedamo-nos absolutamente “impreparados”, vulneráveis e frágeis para, um dia, a enfrentar e aos seus efeitos e repercussões.

E todos conhecemos essa verdade irrefutável:
- Um dia, morreremos! Todos nós.


«Tudo o que nasce deve morrer, passando pela natureza em direção à eternidade.»
William Shakespeare


Por outro lado, e com grande probabilidade havemos de confrontar-nos com a morte daqueles que amamos…


" Para todos o alvo da vida é a morte. "
Demóstenes

Um dia, inexoravelmente, a morte soberana, há de prostrar-se à nossa porta, para cumprir o seu desígnio, apoderando-se da vida daqueles que amamos…

Deixando, inevitavelmente, tombar sobre aqueles que ficam, o seu denso e soturno manto…
E a sombra do seu manto há de fazer escurecer a luz do Sol, apagar o brilho das estrelas, a luz e as cores das flores, tornar inaudíveis o chilrear e os cânticos das aves…
Porque então, para quem sofre, toda a existência se apaga…

Perante a notícia da morte daqueles que amamos, o chão cede, 
Abre-se um abismo incomensurável…
Uma espécie de “vazio” pungente e dilacerante, intraduzível por palavras, atravessa-nos o peito e as costas, como uma lança,
Cortando-nos a respiração, que é alimento da própria vida…
Tombados, aturdidos,
Volteamos sob nós mesmos,
Vagueamos numa espécie de vácuo,
Sós,
Vazios,
Suspensos «entre mundos»…
Amparados e ancorados em pálidas reminiscências do passado,
Agrilhoados às últimas imagens e palavras daquele que partiu…
Como se o passado pudesse tornar-se, de novo, presente…

Algoz implacável a soberana morte há de partir, depois, sem sequer olhar para trás.
Indiferente às lágrimas e súplicas dos que choram.
Deixando, entre nós, o registo da sua passagem e da sua presença,
Num corpo inerte, gélido, desabitado e sem dono…

E os que ficam, hão de cumprir a última vontade do ser amado: devolver o seu corpo à terra ou entregá-lo ao elemento fogo, para que receba um último abraço.

Os que ficam e que conhecem as manifestações da morte,
Jamais olvidarão a sua presença,
Jamais, duvidarão da sua existência…
E, saberão que, um dia, ela há de voltar…

E, é assim, por entre momentos de dor, sofrimento, num misto de lucidez e de obstinada rejeição que havemos de processar o luto e a nova realidade:
- O ser humano muito amado não voltará JAMAIS!
   E esta realidade é absolutamente irrevogável.

É neste contexto que, em regra, rendidos à impotência e à finitude da vida humana, compreendemos que a final, nada sabemos acerca da morte, nem  como enfrentá-la…
Nem sabemos como falar dela, aos nossos próprios filhos…

Pergunto-me, nesta minha reflexão, se não haverá outra forma de lidar com a “despedida” daqueles que amamos…

E penso que um dia, também eu hei de partir…
E há uma certeza que tenho.
Lá onde quer que esteja, não gostaria de assistir ao sofrimento, nem à dor dos meus próprios filhos.
Eles não merecem e eu não gostaria que quando chegassem à minha idade, formulassem as mesmas interrogações com que iniciei este texto.

Por isso, perante a morte de um familiar muito próximo, tenho refletido muito sobre este tema…

E perante o facto-morte, preocupo-me em ser, perante os meus filhos, uma espécie de  modelo, uma referência que, acredito, um dia seguirão e que por sua vez, um dia hão de transmitir aos seus próprios filhos e aos seus netos.
E, pensar nisso, dá-me alento.
Porque amo a vida, ensino-os, todos os dias a amá-la e entendo que o sofrimento na morte é absolutamente inútil.

Já nada poderemos fazer por aqueles que partiram, senão continuar a amá-los, pela eternidade, a cada memória, guardando-lhes um lugar no nosso coração e evocando-os, com amor e sorrisos.

Mas, presenciando o nosso sofrimento e dor, dou por mim a pensar que a morte de outrem nos expõe, verdadeiramente, a nós próprios: nessa sensação de perda, agonia da solidão, ansiedade e depressão.

Expõe o vazio do nosso coração, que sozinhos, não sabemos, nem conseguimos preencher…
Expõe a nossa fragilidade, o apego, a nossa dependência do outro.
E choramos e sofremos, por autopiedade:
- «Fiquei sozinho, não tenho mais ninguém…»

A morte de outrem, faz-nos constatar e perceber o nosso verdadeiro estado mental de dependência, solidão e apego que nos devem, urgentemente, fazer refletir...

Temos de, finalmente, compreender que a vida é o princípio e a morte é o fim.

E para além de uma qualquer relação de causa efeito, a existência de uma subentende a outra:
- Se há vida, a morte há de um dia sobrevir e esta só existirá na medida em que haja vida.

Perder o medo da morte é reencontrar a liberdade e resgatar a nossa mais genuína essência.

É importante que passemos a dar valor e importância àquilo que é verdadeiramente essencial: à vida e à morte, para além do medo, do sofrimento ou de qualquer reserva.

É importante que vivamos para além do ilusório e da superficialidade.

É importante que nos olhemos nos olhos e que tentemos reconhecer a nossa identidade enquanto seres humanos, porque ao contrário do que pensamos, existem muito mais semelhanças do que diferenças.

Todos conhecemos a dor e o sofrimento.

E é importante, também que conversemos, desde cedo, com as nossas crianças sobre a morte, como um acontecimento comum.
Estou convicta que, no futuro, as nossas crianças ficariam mais preparadas e menos vulneráveis à dor e ao sofrimento. E, perante a consciência da finitude da vida humana, tenderiam a querer aprender aquilo que é o mais essencial em qualquer relacionamento humano: a alegria, os afetos, a compreensão, o Amor e a compaixão.
 E, decerto, aprenderiam, também, que não há tempo a perder com aquilo que não é essencial…

Porque de cada vez que deixamos de enfrentar os factos da vida real, apenas, adiamos o sofrimento.

Lidar e falar acerca da morte deveria ser tão banal, como olhar o céu azul ou observar as 
estrelas, ou o movimento do dia e da noite.

Mas, este tema, há-de sugerir-nos muitas outras reflexões...

Aqui e agora, se tivesse de sugerir-vos um meio para minimizar o sofrimento e a dor inerentes a uma perda, aconselhar-vos-ia, sem qualquer hesitação, a prática do Reiki.

O Reiki ajuda na transição de todas as fases da vida, incluindo em situações de doenças terminais e no processo de luto.

Fazer auto tratamentos de Reiki ou submeter-nos a sessões de Reiki, ajuda-nos a equilibrar o corpo físico, a mente, os sentimentos e as emoções, permitindo-nos lidar com maior suavidade com as situações de perda dos nossos entes queridos e com todos os atos subsequentes que sempre se impõem.

O Reiki induz ao relaxamento, à tranquilidade e serenidade.

No início do tratamento ajuda no libertar da tensão e de eventuais bloqueios, facilita o fluir das emoções e alivia o processo de luto e sofrimento inerente.


***

Um dia quando a VIDA não couber mais dentro deste templo que, agora, habito
Devolvam o meu corpo à Mãe Terra, que sabem, tanto amei.
Foi ela quem me alimentou e nutriu a minha vida inteira,
E me abençoou a cada primavera com os frutos do nosso jardim
 e o sorriso, a luz e as cores das flores.
Vivi e fui muito feliz.
A minha vida foi, e é, um milagre, todos os dias.
Por tudo isso, quando eu morrer,
recordem-me a sorrir, ou não me recordem…”


Até breve!
Um abraço.
Venda do Pinheiro, 06 outubro de 2014
Maria João Vitorino










Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.         

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