sábado, 28 de maio de 2016

- É preciso muita energia, paixão, seriedade e honestidade, para comungar plena e verdadeiramente, da energia Reiki…


Muitos procuram, desesperadamente, com a prática de mil técnicas e rituais (incluindo com a prática terapêutica do Reiki) a "cura" do corpo físico.
Mas, em boa verdade, ainda, não sabemos o que é a "cura" em toda a sua real dimensão...
E muitos nem sequer entendem, quando aludimos à "cura", definindo-a como o "regresso à harmonia"...
Tais palavras e expressões são, ao que parece, para muitos de nós, mais palavras “sem um significado claro”, para juntar, a tantas outras...

Já o sabemos: o Mestre Mikao Usui observou que, muitas pessoas a quem ministrava Reiki saravam ou aliviavam um determinado problema físico após alguns tratamentos, mas outro, ou outros, se manifestavam tempos depois.
E compreendeu, dessa sua observação que, para além da cura do corpo físico, também a "cura" mental se afigurava, absolutamente, necessária.
Adotou, então, como filosofia de vida, as regras enunciadas nos cinco princípios do Sistema Usui Reiki Ryoho.

Estas regras, ou princípios, constituem um genuíno e autêntico "chamamento" para a entrada num profundo e extraordinário "mundo interior"...
E se foi chamado a fazer uma formação em Reiki, não pode deixar de senti-lo e, muito menos, ignorá-lo...
É que este "mundo interior" de que, aqui e agora, escrevo, não é - nem poderia ser - um "mundo existencial" fútil e superficial...
Esse mundo interior, que existe dentro de si, à espera de ser descoberto, contém em si, a Verdade, o Amor, a Compaixão e até essa super energia a quem chamamos Deus, a “inteligência universal”, “ a essência cósmica”, ou como desejar chamar-lhe, de acordo com as suas convicções…

Sabe?
É preciso muita energia, paixão, seriedade e honestidade, para comungar plena e verdadeiramente, da energia Reiki…
Porque é preciso que se permita, sem auto controle, nem reservas, nem “auto engano”, ser conduzido, por si mesmo e consigo, ao seu próprio mundo interior...
E essa é, na verdade, a mais bela de todas as belas viagens: a viagem à própria essência da vida.
À vida, que existe em si!

Por tudo isto, é preciso iniciar
uma séria e profundíssima reflexão, muito para além das camadas superficiais da nossa consciência...
Muito, para além do que lhe dizem os livros e ou os Mestres.

A prática do Reiki e a compreensão dos seus princípios, não se resume, nem se reduz à imitação e à reprodução de técnicas e rituais.

Reiki é energia.
Reiki é vida, provavelmente, aquela vida que nunca viu, nem sequer assomou, mas que, por um saber interior, sabe (e eu sei, que sabe) que existe...

Por último, não posso deixar de dizer que lamento…
Lamento, porque o Reiki não é para mentes fechadas…

O Reiki não vive, nem pode viver (e seria um contrasenso) em mentes preconceituosas, indolentes, mecânicas e “emboloradas”, que não deixam entrar, em si, a luz da própria vida.

Com mais, ou menos, palavras, há uma viagem que todos temos de empreender: a do autoconhecimento, que dissipará, o mundo da dor, do sofrimento e das trevas…

Uma excelente porta de entrada para esse autoconhecimento?
O Reiki!
Sem, nenhuma dúvida!

Apenas, hoje: reflito!

Maria João Vitorino
28.05.2016

quarta-feira, 25 de maio de 2016

- Porque não tentamos compreendermo-nos a nós mesmos?







Parece que estamos acostumados a agir de acordo com uma consciência confusa...

As nossas rotinas diárias transformam-se em anos de vida...

Uma vida inteira, com uma espécie de refeição diária: imitação, comparação, repetição, avaliação, julgamento, condenação, temores, culpa, sofrimento, angústia, confusão...

 Todos estes factos, revelam e são a manifestação da nossa desordem interior...

Uma vida inteira de rituais, formalidades, procedimentos, que tornam a nossa mente, a nossa consciência mecânica e indolente...
Esta é a nossa existência...
A "existência" que legamos aos nossos próprios descendentes...


Porque aceitamos tão passivamente essa forma de existência? Por preguiça de pensar, de refletir, ou preguiça de "viver", efetivamente?


Quando nos isolamos "do mundo, lá fora", em busca de segurança...
Agarramo-nos, uma vez mais, a uma ilusão...

A vida é, na verdade, "impermanência"...

***

Parece que todos nós elegemos metas, objetivos de vida: sucesso, dinheiro, sustento, segurança física e psicológica...

 Alguns atingem estas metas...

 Mas, de facto, ricos ou pobres, eruditos ou com menos estudos, todos sofrem, todos padecem de ansiedade, de dor, de medo (medo da vida, da morte, da doença, da velhice, da morte...) e de angústia...


E é de estranhar que, convivendo diariamente com a nossa consciência, não façamos perguntas, diretamente, sobre nós mesmos...

Porque não tentamos compreendermo-nos a nós mesmos?


Parece que vivemos ausentes de quem somos e do que somos...
E lá continuamos a viver num mundo de ilusão e "de faz de conta": faz de conta que estamos "bem"; faz de conta que "não se passa nada"; "faz de conta", "faz de conta", "faz de conta"...


***

A vida acontece, apenas, no presente...
Acontece no "agora"...

 Pergunto: 
- Como podemos enamorarmo-nos pela própria vida?

 - Até quando, seremos capazes de viver ausentes de quem somos, ou do que somos?

«Portugal é o país da Europa com a taxa de depressão mais elevada e o segundo no mundo (só ultrapassado pelos Estados Unidos da América);
A depressão é uma doença com elevada prevalência – em Portugal pelo menos 8% da população geral encontra-se afetada em cada ano;
400 000 portugueses – estimativa do número de portugueses entre os 18 e os 65 anos que sofrem de depressão por ano;
A maior causa de suicídio é a depressão (em 70% dos casos);
(...)
A nível mundial, a depressão é já a 1ª causa principal de anos vividos com incapacidade.»
Fonte: http://eulutocontraadepressao.eutimia.pt/depressao-em-port…/


Maria João V.

25.05.2016

quarta-feira, 11 de maio de 2016

- O “REINO DO SUPERFICIAL”…




Não sei se, alguma vez, já teve a curiosidade de procurar a definição da palavra “vida”.
Vida é o: «Espaço de tempo que decorre desde o nascimento de um ser vivo até à sua morte; a existência.» (Dic. Enc. de Língua Portuguesa, Seleções do Reader’s Digest, Publ. Alfa, 1992, pág. 1236).

Estamos vivos, existimos e isso é um facto.

Mas, fomos condenados à morte, pela natureza, desde o dia do nosso nascimento…
Como diz um velho provérbio tibetano: «Amanhã, ou a próxima vida - quem sabe qual delas chegará primeiro?» 

Não sei se, alguma vez, já refletiu sobre o nosso modo de existência…

Criámos uma sociedade superficial, hipócrita, na qual, o ego e o culto da aparência assumem protagonismo e onde a competição e o sucesso individuais constituem, desde muito cedo, metas de uma vida. E, nesse modelo de existência (e de coexistência), o desejo de poder, posição social e de prestígio, dividem-nos, separam-nos e, consequentemente, geram um profundo e, tantas vezes, insustentável, isolamento…

De facto, quando passamos para além do nível superficial dos relacionamentos humanos (onde a superficialidade, a frivolidade, existem), compreendemos que, na realidade, muitas pessoas se sentem desconfortáveis e insatisfeitas com as suas vidas, consigo mesmas.

Sentem-se sós, deprimidas e encontramos à nossa volta, um alto grau de solidão e de alienação.

Cada um, vivendo na “bolha de sabão” por si próprio criada, tão frágil e insegura, quanto a sua própria vida.

Não sei se, alguma vez, já pensou que a sociedade que todos criámos e, em que vivemos, é constituída, por seres humanos, por todos e por cada um de nós. Juntos, somos a sociedade. A sociedade somos nós, em relação. Cada um manifestando os seus próprios processos individuais de pensar, agir e sentir, sobre os quais, parece que quase nunca refletimos…

Por isso, qualquer pretendida mudança de comportamento há de começar em si, em mim, em cada um de nós.
Não amanhã! Mas, hoje! Assumamos, de vez, essa responsabilidade.

É que é preciso resgatar a sensibilidade humana e o toque da vida. É preciso levar a música a cada coração.

Por isso, apenas, hoje, seja bondoso, grato e muito gentil.
Enquanto essa mudança não acontecer…
Somos súbditos do “reino do superficial”.

E, talvez, por isso, somos a um tempo a violência e a paz…

Maria João Marques 

Nota: O artigo/pensamento aqui reproduzido foi publicado no Editorial do "Jornal Daqui" do Concelho de Mafra, Edição n.º 91, de 11 de Maio de 2016 (página 2) e em http://www.jornaldaqui.com.pt/

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