quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

"Amar como Jesus amou..."


«Amar como Jesus amou…

 

Estamos prestes a comemorar a data mais significativa da humanidade: o nascimento de Jesus, filho de Maria e do carpinteiro José.

Jesus foi um homem simples e humilde que se tornou um marco na história da consciência humana e, sem Ele, a história dos Homens teria sido diferente….

Jesus amou e viveu a sua vida pregando o amor.
 E o mundo estremeceu perante as suas palavras, os seus silêncios, a sua presença, a sua humildade tão cheia de glória.

Mas, o amor expresso em toda a sua verdade e plenitude através das vestes da humildade, não foi “compreendido” pelos homens cujos corações batiam vazios, entorpecidos e, cujos olhos, por se encontrarem cerrados, se identificavam com a escuridão e não podiam ver a luz …

Jesus foi condenado à morte…
E com ele, foi, condenado o amor…
E os homens escolheram e decidiram… viver sem amor…

Aproxima-se mais um Natal, e vale a pena refletir, séria e honestamente…

Volvidos, como são, mais de dois mil anos a humanidade vive, ainda, o seu quotidiano na agonia, angústia, ansiedade, sofrimento e dor e, à sua volta, há suspeição, hipocrisia, receio, desconfiança, tal como existiam, naqueles tempos. E, para o ver, não são necessários profetas: basta ter olhos.

A humanidade parece não ter, ainda, compreendido o que é o amor…

Mas, poderá o amor ser compreendido, ser definido?
É que a “compreensão” é um processo da mente…e, por outro lado, tentar definir o que é o amor é como querer capturar um pedaço de céu, com as próprias mãos, para o enclausurar num qualquer compartimento fechado, sem luz e sem ar…

O amor não é, nem pode ser, coisa da mente, é mais coisa do coração…

E há de brotar de dentro, para fora, como uma semente que germina da terra, procurando a luz do Sol, para crescer, florir e cumprir o seu desígnio: ser quem, verdadeiramente “é”, sendo-o.

Jesus Cristo pregou o amor e, com ele e através dele, mostrou-nos o caminho para o reino de seu Pai.

O amor é, verdadeiramente, um estado de ser que há de nascer e ser descoberto, por cada um de nós, em si mesmo, no mais profundo da sua alma e do seu coração…

Quando se ama, verdadeiramente, sente-se a fragrância do ser e, nenhum facto, nenhuma circunstância da vida, nenhum sinal de tristeza ou de ofensa, pode afetar a sua paz, serenidade e felicidade.

Quem, verdadeiramente, ama, não julga, não condena…

Quem, verdadeiramente ama, não perdoa… porque não se ofende…

Mas, quem não conhece em si o amor, quem não se ama, não pode amar. 
Porque desconhece o que é o amor.

E só quando se conhece o amor… se abrem todas as portas para Deus entrar…

É que Deus, é amor e vive no amor…

Boas Festas e um Feliz Natal!»

Nota: 
Artigo com o título “Amar como Jesus amou...” publicado a pág.s 8 do Jornal Daqui (de Mafra). Edição nº 85 de 23 de Dezembro 2015 disponível em: http://www.jornaldaqui.com.pt/


segunda-feira, 22 de junho de 2015

- A "honestidade" contém em si a “chave” de todo o sistema de Reiki, sem a qual, continuaremos a viver nas “trevas” buscando a “luz” no exterior de nós próprios.



Cada vez mais se ouve falar acerca de Reiki: vídeos na internet, alusões em programas de televisão, palestras, formações, artigos em revistas, testemunhos, anúncios, aqui e ali publicitados por Mestres,  praticantes e, também, por aqueles que beneficiaram de uma sessão de Reiki.

E de uma, ou de outra forma, grande parte das pessoas já conhece, ou já experienciou Reiki, ou ao invés, se não conhece, tem interesse em vir a conhecer.

Numa tentativa quase vã (eu diria…), de se tentar definir o Reiki, diz-se que: o REIKI é um método de cura natural que funciona através da imposição das mãos, onde a energia Rei (energia natural, que impregna todo o universo) é utilizada para equilibrar a energia Ki (a energia da força vital que existe e flui em todos os seres vivos), proporcionando um completo equilíbrio energético, a nível espiritual, mental, emocional e físico, promovendo a saúde e o bem estar.

Ou melhor, o REIKI é uma prática terapêutica – pese embora, não incluída nas terapêuticas não convencionais tal como definidas pela Lei n.o 45/2003, de de 22 de agosto (Lei do enquadramento base das terapêuticas, regulamentada pela Lei n.º 71/2013, de 2 de setembro) - com uma filosofia de vida refletida pelos seus cinco princípios, aqui, concentrados numa única frase:

«Apenas, hoje, não me preocupo, não me zango, sou grato, trabalho honestamente e sou bondoso

Reiki não é pois, apenas, uma prática terapêutica.
Reiki é, também, uma filosofia de vida expressa nos seus singelos princípios.

E estes princípios devem, verdadeiramente, ser encarados como a base e orientação para uma vida harmoniosa.

Conhecemo-los na formação de 1.º Nível de Reiki.

E aprendemos (para os usarmos pela vida fora) uma postura física meditativa (gasshô) para os recitarmos.

Mas, não raras vezes, após a sua formação, os alunos recém formados, talvez porque demasiadamente preocupados com os rituais e as técnicas do Reiki (e, mais ainda, em praticá-los exemplarmente de acordo com os ensinamentos recebidos dos Mestres), relegam para um segundo plano estes princípios...

Ou melhor, recitam-nos, diariamente…
Tendem a reproduzi-los, até com um  certo orgulho, perante os outros…

Espalham folhetos e publicidade acerca de Reiki com os seus dizeres…
Mas, em boa verdade e permitam-me dizê-lo, poucos  compreendem, na realidade, a sua mensagem…

E, assim, embora reproduzam empenhadamente as técnicas e rituais no seu auto tratamento, ou no tratamento a terceiras pessoas, olvidam quase completamente a “base” e fundações para a vida harmoniosa que procuram: os princípios de Reiki…

Fechar os olhos,
Adotar uma postura meditativa,
E repetir, de manhã e à noite, os princípios de Reiki constitui um bom exercício para iniciar a meditação…

Mas
Não é suficiente para compreender a essência do Reiki…
E muito menos, para operar uma verdadeira mudança na sua vida… como decerto almejaria.

Porque, vejam bem, quando nos limitamos a reproduzir (copiar, imitar) dia, após dia, “mecanicamente”, qualquer ritual ou técnica o que acontece?

Acontece que, por repetitivas, a reprodução das mesmas técnicas apenas nos tornarão, mais e mais, insensíveis

E de que adiantam os conhecimentos adquiridos se perdermos a sensibilidade?
Tornando-nos insensíveis, perderemos o mais essencial: a humanidade…

É, por isso, preciso que compreendamos a importância da essência e da filosofia do Reiki…

É preciso que reflitamos em cada um dos seus princípios…

Não é preciso que “sigamos” atrás dos Mestres…

Porque se nos limitarmos a seguir atrás dos Mestres, também nos tornaremos mais e mais mecanizados, condicionados e insensíveis…

É, pois, necessário que “investiguemos” e sintamos por nós próprios, para além de todo o tipo de condicionamento…

Porque a VERDADE não pode ser aprendida…

É preciso que, nos aproximemos, gradual e paulatinamente, mais e mais, de nós mesmos…

E que, compreendamos, na nossa integralidade, em comunhão com a energia da Vida de que procedemos e que nos anima, que há na filosofia do Reiki, expressa nos seus cinco princípios, uma poderosa “mensagem oculta”, que nos permitirá aceder à chave do autoconhecimento…

Sem o qual, não saberemos quem somos…

Os princípios do Reiki são importantes, por si mesmos.
E é aconselhável que cada um de nós, vá diretamente à fonte, sem intérpretes, nem comentadores.

É preciso lê-los,
Apreendê-los,
E permitir que os mesmos se processem interiormente,
 É preciso que reflitamos e meditemos sobre eles…durante muito, muito, tempo…

É preciso “vivê-los”, no sentido literal do verbo, para ter acesso à sua compreensão, ao seu significado…

E, só depois, então, compreender a energia intensíssima, vibrante e atuante do Reiki.

Ademais, aprendemos que, só por hoje, devemos ser honestos no nosso trabalho:

«Kyo dake wa, Gyo wo hageme – Só por hoje, trabalho honestamente.»

Devemos, sê-lo, em primeira instância, connosco próprios.
Porque é preciso, primeiro, compreender a ideia, o princípio, antes deste poder ser praticado e exercitado no nosso dia a dia.

Como diria Carlos Drummond de Andrade:

«Chega mais perto
e contempla as palavras.
Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta,
sem interesse pela resposta, pobre ou terrível,
 que lhe deres:
Trouxeste a chave?»

As palavras já foram inventadas há muito, muito tempo e como intérpretes dessas palavras, cada um de nós as interpretará como o desejar, de acordo com as suas próprias vivências, cultura, crenças e condicionamento individual.

Pessoalmente, entendo que a honestidade há de ser sempre o ponto de partida da filosofia de vida de todos aqueles que se dizem praticantes  de Reiki.

E reproduzo, aqui, a definição de “honestidade” extraída do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, Academia das Ciências de Lisboa, Editorial Verbo: “é a qualidade do que age ou se comporta de acordo com aquilo que é considerado o dever ou a verdade; qualidade do que é honesto = honradez, rigor.”

Este princípio (honestidade) contém em si a “chave” de todo o sistema de Reiki: pela possibilidade autêntica e genuína de "despertar" novos estados de consciência e de enveredar pelo autoconhecimento, sem o qual, continuaremos a viver nas “trevas” buscando a “luz” no exterior de nós próprios.

Como dizia o mestre Mikao Usui e não devemos esquecer:

«Reiki é a arte secreta de convidar a felicidade


E, tanto quanto me é permitido ver, há muitas pessoas com formação em Reiki que expressam e irradiam alegria e entusiasmo pela VIDA, mas, outras tantas, nem tanto…

Muitos “reikianos” (confesso que não sou propriamente fã, deste termo, mas utilizo-o por se ter vindo a tornar comumentemente adotado…), ainda, caminham por aí, propalando técnicas e conhecimentos, mas perdidos de si mesmos…

O Reiki é arte,
O Reiki é a compreensão do SER...

E muito trabalho há a fazer…
Porque se não soubermos quem somos, 

Se não nos amarmos o suficiente para nos aproximarmos de nós próprios,
 jamais saberemos o que é o amor...

Como poderemos compreender as dores e os sofrimentos dos “nossos” se, percorremos a própria vida, sem sequer sabermos quem somos?

Como pode um pássaro ferido nas suas asas, voar?

Por tudo isso…

«Apenas, hoje, trabalhe, consigo, honestamente.»



«Conhecimento verdadeiro de si próprio só é dado ao ser humano quando ele desenvolve interesse afetuoso para com os outros;
conhecimento verdadeiro do mundo, o ser humano só alcança
quando ele procura compreender seu próprio ser.»

Rudolf Steiner

Venda do pinheiro, 22 de junho de 2015

Um afetuoso abraço.
Maria João Vitorino




Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.         

domingo, 7 de junho de 2015

- REIKI - UM PORTAL PARA O AUTOCONHECIMENTO


Há uns anos atrás, disse-me, um dia, o meu Mestre de Reiki:

- "Menina, você tem tudo. Não precisa de gastar dinheiro em mais nada.
Você, tem tudo, menina. Você tem tudo! Está tudo aí!"


Perdidos de nós próprios, desorientados, navegando pelos mares tumultuosos ou pacíficos dessa vida que é de cada um, procuramos um "caminho" para a harmonia, para o AMOR, para a felicidade...

Confusos, desorientados, elegemos e procuramos, fora de nós, "Mestres", orientadores, que nos ajudem, a encontrar a "LUZ"...

E, quando afirmamos que procuramos a "LUZ", afirmamos, também, o nosso estado de existência nas trevas, na ignorância...

Confesso-vos que, naquele momento, não compreendi,as palavras do m/querido Amigo e Mestre de Reiki John...

Não compreendi, porque o meu "plano de consciência" condicionado pela sociedade em que vivia, não me facultou as bases de pensamento e consciência que necessitava para, então, o compreender...

Desde então, e na senda de "aprender" mais e mais no campo das práticas holísticas e esotéricas, caminhei por várias formações...aceitei - sem questionar muito - o que os mestres me diziam.

E, durante, um determinado período, cumprindo técnicas e lendo e relendo, este e aquele autor, adquirindo livros no exterior, acumulei muitos conhecimentos...

E, como muitos, quase "ceguei" fascinada pelo "saber" que ia conquistando, adquirindo...

Durante alguns anos, a prática dos rituais, dos preceitos, das técnicas, cultivaram em mim, alguma sensação de bem estar e até de um certo orgulho e vaidade, por ser "Mestre" e poder conversar acerca de múltiplos assuntos no ãmbito das áreas existenciais, holísticas, filosóficas, entre outras...

Mas, não interiorizei, logo, o mais "essencial"...

Porque nenhum livro, nenhum conhecimento, nenhum mestre me ensinou - nem podem ensinar - que sem as bases do autoconhecimento, do conhecimento de mim mesma - não é possível amar, verdadeiramente, nem conhecer os outros e o mundo...

Porque não há fórmulas, nem métodos, para o autoconhecimento...

O autoconhecimento é um processo com início...mas sem fim...e, em si, é um trabalho sério e apaixonado de investigação acerca de quem somos...

Para mim, o REIKI constituiu um "portal", para o "autoconhecimento"...um grande portal...

Um portal que transpus não por via das técnicas (que serão necessárias para atravessar o rio...)...mas por via, da filosofia (ativa) do Reiki e da forma "renovada" de encarar a vida e o mundo. 

O mundo somos nós e a VIDA manifesta-se e acontece no "relacionamento", na interação, não só com os "outros" seres humanos, mas, também, com todos os seres vivos, com a natureza e com as nossas próprias ideias e pensamentos.
Cada um de nós é sagrado...cada um de nós, é a mais bela de todas as criações da Terra e do Céu...

Fazemos a ligação entre o mundo material e espiritual...

Apenas, não sabemos quem somos...e é
 preciso DESPERTAR para quem somos...

É preciso, cultivar a SIMPLICIDADE...iniciar o "caminho" do autoconhecimento...

E três instrumentos são necessários:
- Sensibilidade;
- Capacidade intelectual/inteligência;
- PAIXÃO ...uma imensa paixão...

Volvidos alguns anos, compreendi as palavras do m/Amigo e Mestre Jonh...ao qual, reconhecidamente agradeço.

Hoje, vivo a VIDA de forma apaixonada...e compreendi que o verdadeiro sentido da VIDA é VIVER assim.

O AMOR é um estado de SER, um estado de consciência...
É no nosso interior que encontramos o AMOR...
É lá que DEUS existe...

Um afetuoso abraço.

07 de Junho de 2015

Maria João V.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

- Reiki é "técnica" ou é "arte"?



Reiki é "técnica" ou  é "arte"?

Para além de todas as designações de quem queira 
defini-lo
(ou melhor, tente fazê-lo...),
Reiki  é "ENERGIA", 
com todo o poder que lhe conhecemos e/ou reconhecemos, por decorrência das nossas vivências e conhecimentos.

Mikao Usui dizia: "Reiki é a arte secreta de convidar a felicidade."

 Ora, o Reiki é afinal, técnica ou arte?

 Ou,
É técnica e arte?

Bem, uma "técnica" requer, geralmente, a memorização de rituais e sequências específicas e ordenadas que
 queiramos, ou não,
conduzem a uma "aplicação quase mecânica".

Ao invés, uma "arte"
requer uma compreensão mais ampla
 e
 uma atitude flexível e criativa,
que nasce da própria sensibilidade humana...

Visto, assim, por este ponto de vista e
 tendo presente as m/próprias vivências,
devo dizer-vos que...para mim,

Reiki é muito mais arte 
do que 
técnica.

Ademais, no Reiki falamos de "Energia Universal"

e é preciso que nos focalizemos neste significado 
e que, o transponhamos até  a um nível mais profundo...


E pergunto, de novo:

- A energia de cura do Reiki está nas técnicas?

Está nas posições das mãos?


E a minha opinião é esta: 
nada obsta à energia da VIDA.

 A energia Vital não necessita de ser complementada 
com mais rituais, 
nem técnicas.

Não há escassez na energia vital.

A Energia Universal
 é o recurso mais abundante
  e mais poderoso

 que nos dá o poder de transformar a nossa vida 

e transformar o mundo.

Se o compreendermos...


Maria João Vitorino
14.05.2015

domingo, 12 de abril de 2015

- Apenas a inteligência do amor e da compaixão pode resolver todos os nossos problemas...




No passado dia 28 de Março de 2015 realizou-se mais uma sessão de Reiki Mawashi no Instituto de Medicinas Alternativas Naturais e Anti Stress - ZEN & TERAPIAS, sito na Malveira, desta feita associado a um evento solidário,  que designámos de:  Família ajuda família”.





«Não temos nas nossas mãos as soluções para todos os problemas do mundo, 
mas diante de todos os problemas do mundo ,
temos as nossas mãos.» 
Friedrich Schiller



A sala estava cheia de gente maravilhosa: pessoas com, e sem formação em Reiki e outras, ainda que muito pouco, ou nada, haviam ouvido falar de Reiki.
Porque mais importante do que esta, ou aquela técnica, é a gentileza e a bondade expressa pelos homens e mulheres de boa vontade.

E a solidariedade humana aconteceu e foi a "rainha": a
li, gente unida, de coração e de mãos dadas, na dádiva anónima,a quem mais precisa...

Apenas, hoje, sou grato e sou bondoso.”

(princípios/filosofia de Reiki)

Porque, a prioridade, ainda que tenhamos muito para fazer é, de facto, ajudar quem precisa...


E, desejo, aqui, também, agradecer a todos quantos, mais uma vez, participaram nesta sessão de Reiki Mawashi e a todos aqueles que não podendo comparecer, quiseram participar e participaram, efetivamente, com a contribuição de alimentos.
Um grande BEM HAJA, pois.

Como se vem tornando habitual em cada sessão de Reiki Mawashi detivemo-nos, durante um determinado período de tempo, refletindo juntos sobre alguns "factos" da existência humana. E falamos de factos, como acontecimentos da vida real, deixando todos os conhecimentos técnicos, conceptualizações e teorizações  à margem.

E nesta última sessão de Reiki Mawashi, esse período de reflexão, tendente ao autoconhecimento, também, teve o seu lugar.

E, permitam-me partilhar, aqui, algumas “notas", ou “tópicos”  das questões ali abordadas…

Mencionámos alguns factos, com os quais, ao que creio, todos, em regra, nos identificamos:






E registámos três "problemas" que a humanidade não tem conseguido resolver:






E perguntámo-nos se... algum dia ... conseguiremos viver pacifica e ordeiramente nesta nossa maravilhosa Terra...

Qual é, e qual será, o legado que, um dia, quando partirmos, deixaremos para os nossos filhos?

Concluímos que, enquanto seres humanos mortais, havemos, um dia de partir...

A final, somos como convidados desta "casa", deste "templo", que é o nosso corpo...

E quando, formos convidados a sair, a abandonar esta "casa", com ela ficarão, também, todas as coisas corpóreas, todos os objectos que coligimos e que "idealmente" chamámos e, ainda, chamamos de "nossos"...


Porque, ainda, não compreendemos que somos meros "depositários", meros "guardadores" de todas essas "coisas" corpóreas que juntamos uma vida inteira...e pelas quais, nos envolvemos em lutas e competição com os próprios irmãos humanos...

Como "convidados", deveriamos caminhar pela Terra com a leveza de um transeunte que visita uma nova terra, novas gentes...


Deveríamos caminhar apreciando a VIDA...

Abraçando com entusiasmo e paixão mais uma oportunidade ímpar de amar e de ser amado...

E o tempo urge...
A nossa existência é curta...

E a morte é inevitável...

Em boa verdade, Senhores e Senhoras "Convidados"...






A energia da Vida e a totalidade da Vida está aqui, agora, em cada instante...

A energia da VIDA que habita e se manifesta em nós é EXTRAORDINÁRIA e é tudo o que temos, e sempre tivemos, e continuaremos a ter...até que sejamos, um destes dias, convidados a "partir"...

E, então, se é tudo o que temos...






Mas...observemos...reflitamos um pouco sobre o que fazemos
 com a nossa própria VIDA...

VIDA que é, afinal, tudo quanto temos...





Mas, porque vivemos, todos, assim?

Cumprindo o mesmo tipo de rituais a cada dia...
Mecanizados... agrilhoados, torturados...autopenitenciamo-nos, tantas e tantas vezes, alimentando complexos de culpa, vitimização...enfim...

Inibimo-nos de expressar emoções, de demonstrar afetos...
Ninguém nos pede que sejamos, apenas, "humanos"...


Será que podemos chamar a essa "forma de estar" de "viver"?


O que sabemos sobre a Vida, se tomarmos como "amostra" o nosso dia a dia,
 os relacionamentos superficiais, a competição,
 a divisão, a separação de classes, de religiões, de raças, de opções políticas e religiosas...

A sociedade está estruturada de uma forma que promove a separação...



Essa é a sociedade que criámos e que continuamos a promover...

Essa é a sociedade da qual, fazemos parte...

Essa é a sociedade que, previsivelmente, deixaremos para os nossos filhos:
- Conflitos;
- Desordem;
- Competição, busca de riqueza e de poder pessoal;
-  Hipocrisia;
- Insensibilidade;
- Ansiedade;
- Frustração;

- Solidão;





- Incompreensão;
- Sofrimento;

- Dor;
- Confusão....




Uma mente confusa está, naturalmente, "viciada"
 e algo "incapacitada" para tomar decisões,
para fazer opções de vida...

Em consequência, as suas decisões e opções, 
hão-de, provavelmente, trazer, mais e mais confusão...
nos seus relacionamentos do dia a dia...



«Quem vive nas trevas não consegue ser visto, nem vê nada.»
Khalil Gibran




Onde há conflito e contradição não há AMOR...





Desenvolvemos as nossas capacidades intelectuais...
mas perdemos a sensibilidade...
a criatividade...




Procuramos a LUZ fora de nós...
Procuramos a felicidade e o AMOR fora de nós... 


E procuramo-los fora de nós...porque não existem em nós...

Onde há AMOR, não há conflito, nem contradição...

Não sabemos o que é, verdadeiramente, o AMOR...

Assim, evitamos enfrentar a realidade, tal como ela é...
e vivemos ocupados
 e pré-ocupados...

Preenchendo todo o nosso tempo de vida, a fazer isto ou aquilo...




Preenchemos a nossa mente com idealizações...
Os "ideais" existem no plano mental, intelectual...
 são criações da mente humana...

Os ideais não são a realidade...

Os ideais não são os factos que temos de enfrentar...








AMOR é sofrimento?
AMOR é posse?
 É medo?
AMOR é ciúme?
AMOR é prazer e desejo?
AMOR é domínio, dependência, subserviência?
AMOR é sofrimento?
AMOR é conforto e segurança?





O AMOR, quando existe...
é tão sereno como as águas do mar
 num dia cálido de verão...





Quando se ama todos os pensamentos, gestos e palavras 
brotam da compaixão...
Quando se ama, 
vestem-se as vestes da cortesia, 
da generosidade, da honestidade e da bondade... 





Autoconhecimento é observarmo-nos a nós mesmos, 
em cada passo, 
em cada gesto, 
em cada ação, 
em cada reação, 
em cada pensamento, 
em cada sentimento...

Autoconhecimento é olharmo-nos e vermo-nos tal e qual como somos...
sem procurar ver o "ideal", 
sem a influência do passado...

Apenas, hoje, trabalho comigo honestamente...




E chegados a este ponto, permitam-me perguntar-vos:


E SE NÃO TIVÉSSEMOS AMANHÃ?
A SUA VIDA TRANSFORMAR-SE-IA, AGORA?

Decerto, neste momento, cairiam por terra

 todas as inutilidades que ocupam a nossa mente e a nossa vida...







Apenas a inteligência do amor e da compaixão
 pode resolver todos os nossos problemas...







«Meu caminho pode não ser o teu caminho. 

Contudo, juntos marchamos de mãos dadas.»
Khalil Gibran



Um abraço.

Venda do Pinheiro, 11 de Abril de 2015

Maria João Vitorino


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